Área de milho geneticamente modificado desceu 6,2% em 2015

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A opinião dada pela a agência alimentar é sobre o milho transgénico Bt11 Utpal Baruah/Reuters/Arquivo

 A área cultivada com milho geneticamente modificado em Portugal caiu 6,2% em 2015, em comparação com o ano anterior, passando para pouco mais de oito mil hectares, mais de metade no Alentejo, segundo dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

A APA avança que o país tinha 8017,11 hectares de milho OGM (organismo geneticamente modificado) no ano passado enquanto em 2014 a área atingia 8542,4 hectares. Em 2014, a área utilizada para cultivar milho geneticamente modificado tinha aumentado 4%, ao contrário da área total de milho que, em Portugal continental, atingia 126.078 hectares, significando um decréscimo de 7,7% relativamente ao ano anterior.

O Alentejo é, segundo os dados da APA para 2015, a região que tem mais milho OGM, com 4941,9 hectares, seguido de Lisboa e Vale do Tejo, com 2002,5 hectares.

Na distribuição por regiões, a APA refere ainda que no centro do país a área de milho OGM era de 1013 hectares e no norte de 59,8 hectares.

O último relatório de acompanhamento da coexistência entre culturas geneticamente modificadas e outros modos de produção agrícola, disponível no site da Direcção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) com data de 2015, refere que, desde 2005, participaram em acções de formação 1648 agricultores de todo o país, no seguimento da obrigatoriedade para aqueles que pretendem cultivar variedades geneticamente modificadas.

Segundo o mesmo documento, em 2014, registaram-se 238 notificações de cultivo, tendo sido no Alentejo que foi apontado o maior número com 129 notificações, seguindo-se o centro com 51 e Lisboa e Vale do Tejo com 44.

Na União Europeia, a área ocupada por milho geneticamente modificado diminuiu 3,8% em 2014 na comparação com 2013, e abrangia 143.015 hectares, sendo cinco os países que tinham este tipo de cultura: Portugal, Espanha, República Checa, Roménia e Eslováquia.

A nível mundial, a cultura geneticamente modificada com maior área é a soja, seguida do milho, algodão e colza, totalizando 181,5 milhões de hectares, mais 3% que em 2013, distribuídos por 28 países, principalmente no continente americano, atingindo cerca de 158 milhões de hectares, seguindo-se o continente asiático com 18,75 milhões de hectares e o africano com pouco mais de três milhões de hectares.

Também no relatório de DGAV é referido que, a nível mundial, estão registados 357 organismos geneticamente modificados, como aprovados para cultivo, sendo a sua maior parte de milho (136), algodão (52), colza (32), batata (31) e soja (30).

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