O relógio das 35 horas está atrasado

É uma decisão polémica a de baixar o horário de trabalho na função pública para as 35 horas, já que volta a criar uma diferenciação que muitos não compreendem face ao privado. É uma promessa eleitoral, mas que está a encontrar obstáculos onde talvez António Costa não imaginasse. Os partidos mais à esquerda do PS e os sindicatos vieram exigir a reposição imediata das 35 horas, e toda a discussão está a ser feita sob a ameaça de uma greve no dia 29. O PS prefere, e bem, um período de transição para os serviços se readaptarem e reorganizarem. Mas para isso é preciso convencer o PCP, o BE e o PEV. E os socialistas também ainda não explicaram como é que vão cumprir aquela outra promessa, a de baixar o horário para as 35 horas, mas sem aumentar os custos dos serviços. Numa altura em que o Parlamento se prepara para votar a nova lei na generalidade, é caso para dizer que o Governo está atrasado, nas negociações e nas explicações.

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É uma decisão polémica a de baixar o horário de trabalho na função pública para as 35 horas, já que volta a criar uma diferenciação que muitos não compreendem face ao privado. É uma promessa eleitoral, mas que está a encontrar obstáculos onde talvez António Costa não imaginasse. Os partidos mais à esquerda do PS e os sindicatos vieram exigir a reposição imediata das 35 horas, e toda a discussão está a ser feita sob a ameaça de uma greve no dia 29. O PS prefere, e bem, um período de transição para os serviços se readaptarem e reorganizarem. Mas para isso é preciso convencer o PCP, o BE e o PEV. E os socialistas também ainda não explicaram como é que vão cumprir aquela outra promessa, a de baixar o horário para as 35 horas, mas sem aumentar os custos dos serviços. Numa altura em que o Parlamento se prepara para votar a nova lei na generalidade, é caso para dizer que o Governo está atrasado, nas negociações e nas explicações.