O melhor do P3 de 2015 (“take” 1)

Andámos na lua e ouvimos podcasts. Debatemos a emigração e falámos da sexualidade na deficiência sem tabus. É certo que o melhor ainda está para vir, mas no final do ano recordamos dez dos nossos trabalhos mais importantes de 2015. Este é o "take" 1

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Portugueses já brilham no espaço — e nós no mundo da lua
É uma comunidade jovem e pequena, mas faz parte da elite mundial na investigação aeroespacial e constitui um dos nossos melhores "produtos" de exportação. Quinze anos depois da adesão de Portugal à ESA e ao ESO, os méritos destes estudantes, cientistas, engenheiros e comunicadores são observáveis a olho nu. Mas o financiamento é curto e não há um plano de acção delineado. O texto principal da série "Portugueses em órbita" lança algumas pistas para o futuro, mas não nos ficamos por aqui. Nesta reportagem, fomos ainda conhecer a empresa portuguesa Tekever, que quer levar o conceito de Internet para o espaço; o ISQ que vai estudar o impacto ambiental de missões em órbita; e ainda Maria Cruz e Nuno Silva: ela na comunicação da ESA, ele à procura de sinais de vida em Marte.

As pessoas com deficiência têm sexo. E são mais felizes assim
É um "tabu" imposto por uma sociedade que não lhes reconhece sexualidade. Sim, os jovens com incapacidade motora amam, namoram, desejam, fazem amor, excitam-se, mas poucos lhes falam sobre isso. No texto principal da série "Sexualidade na deficiência motora" fomos conhecer o universo de Lúcia e João. Questionámos quem sabe: afinal, como se mudam as mentalidades no que toca à sexualidade na deficiência? Escutámos ainda o depoimento de Bruno, jovem homossexual com deficiência que se descreve "dentro da minoria da minoria, e convidámos Rui Machado, do movimento Sim, Nós Fodemos, a escrever sobre o projecto Vida Independente, que "terá um papel importantíssimo na emancipação afectiva e sexual" desta população.

Podcasts: quem diria que um dia seriam um sucesso em Portugal?Já não dependem das rádios e têm uma liberdade própria, característica que agrada a quem os faz e ouve. “Brandos Costumes”, “Até tenho amigos que são”, “Made of Things” e “Obrigado, Internet” são novos podcasts à procura do público português. Em 2015, foram conquistando um público que os seus autores nem sabiam que existia. O formato não é novo, mas em Portugal só recentemente ganhou visibilidade fora do âmbito da rádio. Quem diria que se tornariam populares por cá?

Noruega: novo eldorado da emigração não é só um conto de fadasA jovem e qualificada comunidade portuguesa na Noruega é ainda pequena, mas tem crescido nos últimos anos. Agora, a crise do petróleo pode abrandar a tendência e diminuir as ofertas de emprego. Emigrar sem garantias, avisa a embaixada, não é aconselhável. João Pamplona, Margarida Paiva e Nuno Cruz são apenas três portugueses que foram conquistados nórdicos: a Noruega foi o terceiro país onde a emigração portuguesa mais cresceu (40%). Por lá, o mundo não é perfeito — mas "respira-se melhor".

Áurea mata o cancro a sorrir: "Vai doer mas vai passar"Aos 38 anos, um cancro da mama virou a vida de Áurea Ferreira do avesso. Foi operada, fez quimioterapia, depois radioterapia. Mas nunca deixou de combater: "É preciso acreditar todos os dias que o seguinte virá." No Dia Mundial da Luta Contra o Cancro, que se assinalou a 4 de Fevereiro, fomos escutar o testemunho optimista desta enfermeira de 39 anos. "Vai doer mas vai passar, vai doer mas vai passar."

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