Marcelo entrega assinaturas para “caminhada que durará cinco anos”

O candidato presidencial esteve no Tribunal Constitucional para formalizar a sua candidatura e referiu estar “feliz” pelo desfecho do Caso Banif e viabilização do Orçamento Rectificativo.

Foto
Marcelo Rebelo de Sousa formalizou a sua candidatura no Tribunal Constitucional esta quarta-feira Enric Vives-Rubio

Marcelo Rebelo de Sousa formalizou a sua candidatura no Tribunal Constitucional (TC), esta quarta-feira, ao apresentar 15 mil assinaturas, para, anteviu, uma “caminhada que durará cinco anos”. Apesar de, garantiu, ter “quase 20 mil, mas que não podem ser todas entregues” . Recorda-se que o mínimo para a oficialização das candidaturas presidenciais no TC são de 7500.

“É um passo decisivo de uma caminhada que vai durar cinco anos”, explicou o professor universitário, mostrando estar muito confiante em ser eleito Presidente da República à primeira volta.

“É uma caminhada que se vai fazer com todas as portuguesas e portugueses, independentemente das suas ideias, das suas religiões, das suas posições políticas, ideológicas ou doutrinárias”, destacou.

O candidato a Belém chegou ao Palácio Ratton, acompanhado por uma comitiva de 56 membros. Ao sair do TC, no momento de tirar fotos, a azáfama foi tanta que uma das acompanhantes do candidato acabou por sofrer um pequeno desmaio.

“Até agora havia ‘candidato a candidato’, agora há ‘candidato’”, sentenciou o antigo líder do PSD. “Os portugueses estão à espera e merecem que haja entre eles mais unidade e que haja um recriar da esperança. Este passo que damos hoje é decisivo no sentido de uma caminhada que vai durar cinco anos e em que os portugueses, juntos, iremos recriar a esperança e a unidade num país que está muito dividido”, reiterou. Marcelo sobre os objectivos da sua campanha.

O candidato presidencial comentou, também, o caso  Banif. Marcelo já tinha apelado a que o Orçamento Rectificativo fosse aprovado e mencionado que, “se fosse Presidente”, tudo faria para que fosse viabilizado. “Porque é preciso resolver o problema do Banif e era para isso necessário votar o Orçamento Rectificativo”, justificou.

“Estou feliz por ter sido possível encontrar um consenso de regime”, congratulou-se, acrescentando esperar no futuro “trabalhar por muitos consensos de regime” enquanto Presidente da República. “Para que o Governo governe, para que os problemas se resolvam e para que os partidos coloquem o interesse nacional acima de divergências partidárias”, explica.

"Foi bom, foi um bom final de 2015 e um bom augúrio para 2016 ter passado este Orçamento Rectificativo", concluiu, defendendo que "o que interessa é pensar no país". Embora não ignorando ser "uma decisão difícil que tem custos para o Estado e para os contribuintes".

O futuro do sistema de supervisão financeira foi igualmente abordado, com Marcelo Rebelo de Sousa a defender que "há que encontrar um sistema que funcione para que seja possível controlar, regular, acompanhar e decidir, que funcione em termos europeus".

"Cabe ao Governo, e ao primeiro-ministro, na altura que entender adequado, dar o passo. Se calhar depois de Março e se os portugueses o me derem o seu voto, eu naturalmente estarei atento para acompanhar esta matéria e para ajudar a encontrar uma solução o mais rapidamente possível", disponibilizou-se.

Texto editado por Nuno Ribeiro

Sugerir correcção
Comentar