Corpos camuflados em paisagens do mundo

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Trina Merry esteve desde sempre ligada às artes, nomeadamente à pintura, mas a sua ligação com o 'bodypaint', especificamente, nasceu de um encontro com Amanda Palmer, vocalista da banda The Dresden Dolls. "Durante o nosso encontro, ela incentivou-me a sair da minha zona de conforto e desde então não parei de fazê-lo. Aquele encontro influenciou grandemente o meu trajecto de vida", refere por comunicado. Porque se interessou Trina pela pintura corporal? "Pintar no corpo é uma experiência humana distinta: cria uma relação especial com a pessoa que outras formas de arte têm dificuldade em atingir. Este tipo de trabalho inclui pulsação, respiração - está viva e é dinâmica. A natureza efémera do 'bodypaint' reflecte a realidade da existência." A artista tem uma lista de espera de pessoas que desejam ser pintadas por si. Tem preferência por pintar corpos musculados, atléticos, mas garante fazer uso de "todos os tipos de corpo". "O meu trabalho alterou radicalmente a minha forma de olhar o corpo. Dantes tinha vergonha do meu corpo e pensava na nudez como algo vergonhoso, devido à associação com a sexualidade. Já não olho assim o corpo humano. Agora quando olho para um corpo, vejo luz, sombra, linhas, curvas, cores, tons, texturas e possibilidades infinitas." Os locais onde fotografa são escolhidos sob critérios de curiosidade, importância histórica ou política.