Hollande, uma meia vitória diplomática

Primeiro a Alemanha, depois a Rússia: o Presidente francês conseguiu, em dois dias consecutivos, que os governos de Angela Merkel e Vladimir Putin se lhe associassem no combate ao terrorismo em frentes distintas, a Alemanha no Mali (para onde irá enviar, coisa impensável até à data, 650 soldados para apoiarem a missão de paz da ONU) e a Rússia na Síria, propondo aqui Hollande e Putin uma “grande coligação”. Só que essa “grande coligação”, seja ela o que for, não contará com o envolvimento dos Estados Unidos, devido à forma como a Rússia se empenhou em bombardear posições dos adversários de Bashar Al-Assad, englobando tais ataques na luta “antiterrorista”. Ora os EUA querem concentrar-se no ataque aos fanáticos do EI sem favorecer, por essa via, a ditadura de Assad. Por muito que Hollande se fale em objectivos comuns, este ponto parece inultrapassável. A sua vitória diplomática, aqui, ficou pela metade.

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Primeiro a Alemanha, depois a Rússia: o Presidente francês conseguiu, em dois dias consecutivos, que os governos de Angela Merkel e Vladimir Putin se lhe associassem no combate ao terrorismo em frentes distintas, a Alemanha no Mali (para onde irá enviar, coisa impensável até à data, 650 soldados para apoiarem a missão de paz da ONU) e a Rússia na Síria, propondo aqui Hollande e Putin uma “grande coligação”. Só que essa “grande coligação”, seja ela o que for, não contará com o envolvimento dos Estados Unidos, devido à forma como a Rússia se empenhou em bombardear posições dos adversários de Bashar Al-Assad, englobando tais ataques na luta “antiterrorista”. Ora os EUA querem concentrar-se no ataque aos fanáticos do EI sem favorecer, por essa via, a ditadura de Assad. Por muito que Hollande se fale em objectivos comuns, este ponto parece inultrapassável. A sua vitória diplomática, aqui, ficou pela metade.