A semana das reuniões decisivas

Além da reunião com o BE, o líder socialista encontra-se esta segunda-feira com Cavaco Silva e com o PAN

Foto
António Costa volta a reunir-se com Passos Coelho e Paulo Portas na terça-feira Patrícia de Melo Moreira/AFP

A audiência com Cavaco Silva surge num momento decisivo – após o encontro com Catarina Martins e antes de nova ronda com a coligação PSD/CDS.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A audiência com Cavaco Silva surge num momento decisivo – após o encontro com Catarina Martins e antes de nova ronda com a coligação PSD/CDS.

Dois dias depois das eleições, o Presidente encarregou Passos Coelho, como líder do partido mais votado, “de desenvolver diligências com vista a avaliar as possibilidades de constituir uma solução governativa que assegure a estabilidade política e a governabilidade do País”. Mas os ecos do impasse entre Passos e Costa chegaram a Belém, bem como os sinais de entendimento à esquerda, pelo que Cavaco decidiu ouvir também o líder do PS. Isto antes das rondas oficiais pelos partidos que Cavaco iniciará depois de quarta-feira, quando forem publicados os resultados finais do escrutínio, já atribuídos os deputados pela emigração.

Nesta terça-feira, Passos e Costa voltam à mesa, já com o “exercício mais atrevido”, na expressão do dirigente da coligação PaF, de encontrar no programa socialista matéria passível de consenso. Na noite do mesmo dia, Costa ausculta os órgãos do partido, depois de fazer um ponto da situação dos vários encontros que manteve. A partir daí, ou começam as reuniões “técnicas” entre PS-PCP-BE, já aceites por estes partidos, ou Passos Coelho decide avançar para um Governo minoritário, ou Cavaco Silva sinaliza um caminho diferente.