Marinho e Pinto: ganharam os extremos

Presidente do PDR prevê “tempos de instabilidade política” no país.

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Há projecções que dão ao PDR a possibilidade de eleger deputados Enric Vives-Rubio

O presidente do Partido Democrático Republicano (PDR), António Marinho e Pinto, considerou neste domingo que as projecções dos resultados eleitorais "apontam para uma radicalização aos extremos" e vaticinou que os próximos quatro anos vão ser "difíceis" para os portugueses.

As primeiras projecções apontam para uma radicalização aos extremos. Os quatro partidos que, em 2011, se uniram para derrubar um governo de centro esquerda e que criaram as condições para que viesse a troika para Portugal saem hoje vitoriosos, afirmou Marinho e Pinto, na sede de candidatura do PDR, em Lisboa, referindo-se ao PSD, CDS, PCP e BE, que chumbaram o último Pacto de Estabilidade e Crescimento apresentado pelo executivo de Sócrates, que se demitiu em seguida.

“Prevejo tempos de instabilidade política, prevejo tempos de muito dispêndio de energia, de recursos e de dinheiro num país pobre, que foi deliberadamente empobrecido nos últimos quatro anos”, disse, adiantando: “Tudo indica que há uma transferência de votos do PS para a extrema-esquerda.”

Realçando que vai aguardar pelos resultados finais para fazer leituras mais assertivas, o antigo bastonário da Ordem dos Advogados (OA) sublinhou que a acção do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, vai ser coerente com aquela que teve durante o seu mandato, favorecendo a coligação PSD/CDS-PP.

Sobre as primeiras projecções, que apontam para a possível eleição de dois deputados do PDR, Marinho e Pinto afirmou que, a confirmarem-se, será “uma vitória do PDR, uma vez que tem seis meses de idade”. Disse ainda que o PDR vai “ser uma voz nova e diferente no Parlamento”.

As projecções atribuem entre um e dois deputados ao PDR. Com mais de 90% das freguesias apuradas, o partido de Marinho e Pinto já ultrapassou o MRPP de Garcia Pereira, sendo agora o segundo mais votado entre os pequenos partidos, com 1,17% de votos. À frente neste pelotão está agora o partido Pessoas-Animais-Natureza, com 1,2%. A projecção da Intercampus realizada para a TVI e o PÚBLICO põe a possibilidade de também o PAN eleger um deputado.

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