Costa promete revogar de imediato alterações à lei do aborto

Campanha do PS em Setúbal aposta no tema da igualdade para marcar a diferença em relação à coligação PSD/CDS.

Fotogaleria

E foi aí que o secretário-geral do PS comprometeu hoje o seu partido com a rápida revogação das alterações recentemente feitas pela maioria PSD-CDS na legislação relativa à Interrupção Voluntária da Gravidez. No “Almoço da Igualdade”, realizado no Seixal, onde compareceram mais de 400 apoiantes, o líder socialista fez questão de assinalar o tema como uma das diferenças que separa a direita da esquerda. Lembrando ter sido dessa forma que PSD e CDS “quiseram encerrar a legislatura, reabrindo uma ferida que julgávamos ultrapassada na nossa sociedade”, António Costa avançou com um compromisso para os primeiros dias do novo ciclo político.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

E foi aí que o secretário-geral do PS comprometeu hoje o seu partido com a rápida revogação das alterações recentemente feitas pela maioria PSD-CDS na legislação relativa à Interrupção Voluntária da Gravidez. No “Almoço da Igualdade”, realizado no Seixal, onde compareceram mais de 400 apoiantes, o líder socialista fez questão de assinalar o tema como uma das diferenças que separa a direita da esquerda. Lembrando ter sido dessa forma que PSD e CDS “quiseram encerrar a legislatura, reabrindo uma ferida que julgávamos ultrapassada na nossa sociedade”, António Costa avançou com um compromisso para os primeiros dias do novo ciclo político.

“Reabriremos a legislatura revogando de imediato a legislação que aprovaram”, disse na Quinta da Fidalga.

A diferença em relação à coligação de direita foi uma das preocupações dos discursos proferidos. Entre estes, o da cabeça de lista, Ana Catarina Mendes, aproveitou para recordar o discurso do centrista Paulo Portas sobre as donas de casa que sabiam sobre quando pagar as suas contas, para o classificar como “salazarento, bafiento e conservador”, e inspirar os socialistas a não serem “iguais a eles”.

O discurso do socialista centrou-se muito no impacto da crise sobre as mulheres. Denunciou o aumento do desemprego e a perda de rendimentos, identificando depois o combate à precariedade e a aposta na escola pública como as ferramentas para contrariar as desigualdades. Assumiu os objectivos de generalizar o pré-escolar para as crianças a partir dos três anos e de acabar com os exames do 4.º e 6.º ano.

Na passagem pelo terreno, durante a manhã, houve momentos em que o socialista teve oportunidade de defender as suas propostas para a educação. Mas na arruada que atravessou o centro do Montijo, que é uma câmara socialista, António Costa foi acima de tudo confrontado com a questão das reformas: muitos pensionistas abordaram-no para denunciar a perda de isenções e cortes nas pensões. Ou o preço dos medicamentos: uma pensionista manifestou a esperança de encontrar Passos Coelho na rua para lhe “mostrar os papéis” dos seus cortes. “Quando votar terá a oportunidade de lhe dizer isso na cara”, pediu o candidato do PS.