Quantos quilómetros, quantos minutos, quantas calorias... é importante?

É ou não, dependendo do que leva cada um de nós a iniciar esta actividade.

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Quando saio para correr, é só para desanuviar a cabeça, para libertar o stress, para descontrair? Já faço umas tantas horas de ginásio ou piscina por semana, e este é um exercício complementar? Ou representa a única vez no dia ou semana em que os meus músculos se permitem realmente executar algum exercício? Saio de casa pronta para anular (de alguma forma) o croissant de chocolate que comi ao lanche? Ou quero combater quilos de gordura abdominal acumulada ao longo de décadas? Se estou a treinar para uma maratona, se quero melhorar a minha performance física, o critério será o mesmo em todas estas situações?

Claro que não. Vamos por partes, então.

Usar a corrida como forma de descontracção e descompressão mental é algo que resulta muito bem. No entanto, se calhar para alguns bastarão dez minutos, outros há que em menos de meia hora não se conseguem sentir leves e tranquilos. Por isso, se este é o seu objectivo em termos de corrida, foque-se no factor tempo. Experimente, e descubra a partir de quando se começa a sentir relaxado e consegue voltar para casa com um novo ânimo e nível de energia.

Já quando falamos de usar a corrida para compensar desastres alimentares, se calhar não é má ideia dar uma olhadela para a coluna das calorias gastas no programa que usamos para correr. O programa que uso disse-me há umas semanas atrás que já tinha gasto 1000 Kcal (até então), o equivalente a uma tablete de chocolate e uma pizza de pepperoni pequena, confesso que tive uma súbita vontade de atacar esses alimentos, mas contei até 10 e passou (façam o mesmo). Pois é, para um croissant de chocolate de 250 Kcal, ainda vai precisar de uns 3 ou 4 km.

Se a questão é usar a corrida como trabalho cardiovascular, para se sentir em forma, para se sentir com mais força e energia, proponha-se a fazê-la com uma frequência certa. Não dê o seu máximo numa semana e desapareça na semana seguinte, não vai resultar. Se está a seguir um programa de emagrecimento e lhe recomendaram exercício físico, proponha-se a aumentar os seus tempos de forma gradual, uma vez que à medida que for diminuindo o seu peso corporal vai adquirindo mais resistência.

Se está a treinar para a maratona, claro que os seus olhos não saem de cima do conta-quilómetros, e aí se calhar já os conta de cinco em cinco.

Todas estas medidas podem funcionar como diferentes formas de motivação para nos fazer correr mais e alcançar os nossos objectivos, não parando antes de chegar à meta, seja ela qual for.

 

paulacfmartins@gmail.com
Paula Martins – Nutricionista e Nutricoach, autora do site projeto NutriSABER, com Programas de nutricoaching, educação alimentar, perda de peso, mudanças de estilo de vida, melhoria da auto-estima e também a trabalhar com Eneagrama na Nutrição.

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