Ovar vai ajudar quem sofreu com o mau tempo de Novembro

Os 123 mil euros serão distribuídos pelas três freguesias mais afectadas pela intempérie: Maceda, Esmoriz e Cortegaça.

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Bárbara Raquel Moreira

O dia 13 de Novembro do ano passado não foi fácil em Ovar. O mau tempo desassossegou as populações com inundações por todo o lado. A chuva não parou de cair, algumas linhas de água descontrolaram-se e invadiram ruas e túneis. Pavimentos aluíram, a água cercou várias zonas, alguns carros chegaram a boiar. Os bombeiros não tiveram mãos a medir e nos dias seguintes os estragos vieram à tona. Estradas e vários espaços públicos e privados danificados, prejuízos avultados para diversos bolsos. A Câmara de Ovar decidiu disponibilizar 123 mil euros, num apoio financeiro excepcional, para fazer face aos danos materiais que a intempérie provocou sem dó nem piedade nas áreas públicas.

Quanto aos prejuízos privados, a autarquia está a analisar caso a caso no sentido de enquadrar essas situações no fundo de emergência social do município. “Tem de ser, são as nossas pessoas, é o nosso território, são as nossas infra-estruturas, são os nossos espaços públicos”, refere Salvador Malheiro, presidente da Câmara de Ovar.

Os 123 mil euros serão distribuídos pelas três freguesias mais afectadas pela intempérie. A Junta de Freguesia de Maceda receberá 51.468 euros, a de Esmoriz 35.670 euros e a de Cortegaça quase 36 mil. Antes da decisão, que recolheu unanimidade política, a câmara analisou um relatório exaustivo, acompanhado por fotos, elaborado pelas três juntas de freguesia. “Apresentaram-nos um relatório de todos os danos, com perspectivas de reparação, e devidamente orçamentado”, conta Salvador Malheiro. Com esses elementos na mão, a câmara resolveu retirar do seu orçamento uma verba significativa para apagar as más memórias do mau tempo de Novembro. “Algumas intervenções já foram feitas para repor o que o mau tempo estragou”, adianta o presidente da câmara.

António Bebiano, presidente da Junta de Esmoriz, sublinha que os orçamentos das autarquias não esticam para responder a situações inesperadas e, por isso, o apoio municipal é bem-vindo para cobrir despesas que o mau tempo deixou. “O temporal provocou uma série de danos no espaço público e no espaço privado e houve trabalhos que tinham de ser feitos na hora”, refere. Miguel Silva, presidente da Junta de Maceda, sabe onde vai aplicar a verba, sobretudo em várias ruas danificadas, algumas que foram submersas por rios, e ainda junto à base área de Maceda que também sofreu com a chuva intensa. “Sem dúvida que a verba que a câmara disponibiliza é uma grande ajuda”, afirma. Sérgio Prata, presidente da Junta de Cortegaça, admite que o apoio financeiro não dará para tudo, mas ajuda. “Ainda estamos a analisar onde vamos aplicar a verba que a câmara disponibiliza. Esperamos que chegue ao maior número de locais”, refere.

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