Noites passadas por portugueses em hotéis subiram pela primeira vez desde 2010

Receitas do alojamento turístico cresceram 12,8% em 2014.

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O Algarve foi o destino com mais procura Nélson Garrido

No ano passado, foram registadas, ao todo, 46,1 milhões de dormidas em hotéis, pousadas, aldeamentos e apartamentos turísticos. O valor fica 11% acima do verificado em 2013, segundo dados preliminares divulgados nesta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística. Das camas disponíveis, 43,9% estiveram ocupadas no período entre Janeiro e Dezembro, uma subida anual ligeira, de 2,7 pontos percentuais.

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No ano passado, foram registadas, ao todo, 46,1 milhões de dormidas em hotéis, pousadas, aldeamentos e apartamentos turísticos. O valor fica 11% acima do verificado em 2013, segundo dados preliminares divulgados nesta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística. Das camas disponíveis, 43,9% estiveram ocupadas no período entre Janeiro e Dezembro, uma subida anual ligeira, de 2,7 pontos percentuais.

O mercado interno representou 13,8 milhões de dormidas, o que significou uma subida de 13% e um regresso aos valores de 2010. Esta é a primeira variação positiva nas dormidas internas desde 2011. Naquele ano, o número de noites passadas pelos residentes em alojamentos turísticos desceu 2,5%. Seguiu-se uma queda acentuada de 7,5% no ano de 2012, o primeiro que o país passou integralmente sob o programa imposto pelo empréstimo internacional da troika. Em 2013, a quebra tinha sido de 1,7%.

Já os turistas vindos do estrangeiro representaram 32,3 milhões de dormidas ao longo de 2014, uma subida de 10,2% que acentuou a tendência positiva dos últimos anos.

A recta final do ano intensificou o crescimento que caracterizou 2014, indicam também os dados publicados pelo INE. Em Dezembro, 901 mil hóspedes foram responsáveis por 2,1 milhões de dormidas – é um crescimento nas pernoitas de 15,5% em termos homólogos.

O aumento das dormidas traduziu-se num aumento dos proveitos. As receitas anuais do sector subiram 12,8%, para 2204 milhões de euros (no ano passado, apesar da quebra de dormidas, a facturação também tinha subido, embora a um ritmo mais modesto). Fazendo as contas apenas às receitas obtidas com as dormidas – e excluindo, assim, serviços como restauração, lavandaria e aluguer de espaços –, as receitas totalizaram 1556 milhões, um aumento de 13,5%.

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No que diz respeito ao tipo de alojamento, o segmento dos hotéis, que representa o grosso do sector, foi o que mais cresceu, com uma evolução positiva de 18,9%, apenas umas décimas percentuais acima do valor de crescimento dos aldeamentos. A procura pelos apartamentos turísticos cresceu 10,8%.

O Algarve foi o principal destino turístico, com cerca de 16,4 milhões de dormidas, seguido da zona de Lisboa (11,5 milhões) e da Madeira (6,3 milhões). 

Já o principal país de origem dos turistas vindos do estrangeiro continuou a ser o Reino Unido, que representou 24% das dormidas. Seguiram-se a Alemanha, com 14%, e a Espanha, com 11%. Olhando para fora da União Europeia, o principal mercado emissor é o Brasil – representa apenas 4% do total de dormidas, mas teve um crescimento de 13% em relação a 2013. Já a Bélgica – que está em décimo lugar na lista dos países emissores – ocupa a posição cimeira na lista de países cujo número de residentes a dormir em Portugal mais cresceu: o aumento foi de 20%.