AEP entrega gestão do Visionarium a empresa de realidade virtual

Não serão despedidos funcionários, garante a empresa que vai gerir o espaço.

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O Visionarium – Centro de Ciência do Europarque, em Santa Maria da Feira, está a ser gerido pela Insizium, empresa de novas tecnologias interactivas baseadas na realidade virtual. A Associação Empresarial de Portugal (AEP) mantém-se proprietária do edifício e transferiu a gestão do primeiro centro de ciência construído de raiz no nosso país através de um contrato de concessão de cinco anos, renováveis ao fim desse tempo.

A Insizium, que se encontra instalada no Europarque e que tem parte do seu showroom no Visionarium, não mexeu no modelo de funcionamento nem nas actividades habituais do centro de divulgação científica – as oficinas de Carnaval para os mais novos, por exemplo, surgem na agenda. “Temos outras ideias para tornar o Visionarium mais apelativo e mais visitado”, adianta ao PÚBLICO João Vieira, fundador da Insizium, sem revelar pormenores. Ideias que, neste momento, estão a ser analisadas e, posteriormente, serão anunciadas. Os números do investimento envolvido também não são divulgados. 

Os novos projectos que o Visionarium tinha em cima da mesa, e que divulgou na ocasião do seu 16.º aniversário, estarão a ser analisados pela Insizium. Entre eles, estão os laboratórios itinerantes com experiências científicas desenhadas para os alunos do 3.º e 4.º anos do 1.º Ciclo do Ensino Básico dos 86 municípios do norte do país, um espaço para desportos radicais no interior do edifício e ainda uma odisseia virtual.

No final de Outubro do ano passado, a AEP garantia ao PÚBLICO que o futuro do Visionarium, com 16 anos feitos em Setembro de 2014 e 1,2 milhões de visitantes no currículo, estava em análise e que haveria uma decisão quando o processo de reestruturação da associação estivesse na recta final. “Só nessa fase última do processo e na posse de todos os indicadores de actividades dos diferentes centros operacionais e serviços, a AEP decidirá qual o futuro do Visionarium”, anunciava Paulo Nunes de Almeida, presidente da AEP. Nessa altura, havia uma proposta de despedimento colectivo dos funcionários e a possibilidade de encerramento estaria a ser ponderada. Hipótese que, no entanto, não se concretizou com a Insizium a assumir a gestão do espaço e a não alterar a composição do corpo técnico. Aliás a vontade da empresa em gerir o espaço é antiga. Há cerca de sete anos a Insizium chegou a revelar essa disponibilidade, mas o negócio não se concretizaria.

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