Bairro do Aleixo terá de aguardar mais um pouco

Câmara do Porto deverá pedir a suspensão dos trabalhos agendados para a tarde desta quinta-feira

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Impasse no fundo impede demolição das restantes torres e transferência de moradores para novas casas Paulo Pimenta

A continuação da Assembleia Geral (AG) do Invesurb – Fundo Especial de Investimento Imobiliário, que gere o Bairro do Aleixo, ainda não deve concretizar-se na tarde desta quinta-feira. Depois de uma primeira interrupção, a 10 de Dezembro, a AG já teve outras duas datas previstas e foi reagendada para esta quinta-feira, mas o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, admite pedir, de novo, a suspensão dos trabalhos.

Rui Moreira disse, esta manhã, à margem de a apresentação da etapa portuguesa do Wings For Life World Run, que a reunião de accionistas “poderá vir a ser adiada”. O autarca justificou esta probabilidade com “questões técnicas que têm de ser avaliadas”, acrescentando: “temos que olhar para alguns aspectos fundamentais do contrato existente entre a Câmara do Porto e a Invesurb. Só a seguir é que me poderei pronunciar”.

O presidente da Câmara do Porto disse que, perante este cenário, o município irá “pedir, provavelmente, a interrupção dos trabalhos” agendados para a tarde desta quinta-feira. Tal como acontecera na reunião privada do executivo da passada terça-feira, o autarca não quis comentar a informação avançada pelo Jornal de Notícias de que existirá um investidor nacional interessado em juntar-se ao Invesurb, salvando assim o fundo imobiliário da dissolução.

A AG do Invesurb começou a 10 de Dezembro de 2014, mas foi suspensa sem que se tivesse chegado a qualquer solução. A continuação dos trabalhos foi reagendada para 12 de Janeiro e, posteriormente, para 26 de Janeiro, com Rui Moreira a dizer, na reunião pública do executivo do dia 13 que esperava levar “novidades” à vereação na reunião privada do dia 27. Contudo, a reunião privada aconteceu sem que tivesse sido dada qualquer novidade sobre o bairro camarário, uma vez que a AG foi reagendada para esta quinta-feira.

Rui Moreira tem dito que todas as possibilidades sobre o futuro do Invesurb estão em aberto. Com sérios problemas de liquidez, o fundo é ameaçado pelo facto de dois dos três accionistas – a Câmara do Porto e empresas do universo Espírito Santo – não poderem recorrer ao aumento de capital. Resta o empresário António Oliveira, que ainda não se pronunciou sobre esta matéria. Se não houver aumento de capital, o fundo terá de ser dissolvido. 

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