Uma criança e o seu cão no prémio promovido pela National Portrait Gallery
A fotografia premiada, do sueco David Titlow, foi anunciada esta terça-feira em Londres.
A noite tinha sido de festa. Na manhã seguinte, numa casa em Rataryd, Suécia, todos estavam um “pouco turvos por causa dos excessos do dia anterior”, explica David Titlow, ex músico tornado fotógrafo de moda no início da década de 1990. A namorada entregou o filho a um conviva, um cão foi apresentado ao bebé. “A composição e a luz de fundo eram tão perfeitas que tive que registar o momento”. Foto tirada, foto premiada. Konrad Lars Hastings Titlow, o nome da criança, é o título da foto premiada com o Prémio de Retrato Fotográfico Taylor Wessing, promovido pela National Portrait Gallery, em Londres.
O anúncio foi feito terça-feira em cerimónia realizada na National Portrait Gallery, onde inaugurará esta quinta-feira uma exposição que reúne 59 dos 4193 retratos submetidos a concurso por 1793 fotógrafos.
David Titlow ganhou um prémio de 12 mil libras (cerca de 15 mil euros) por uma fotografia que Christian House, crítico de fotografia do Telegraph, considera reminiscente da “era dourada da pintura holandesa”. Sandy Nairne, directora da National Portrait Gallery, adjectiva-a como uma imagem “fascinante e envolvente”.
O segundo prémio, no valor de 3 mi libras (cerca de 3800 euros), foi para a A rapariga do skate, retirada de uma série, criada por Jessica Fulford-Dobson, que retrata raparigas afegãs ligadas ao Skateistan, projecto educativo centrado na prática do skate criado em Cabul. Os terceiro e quarto prémios foram atribuídos respectivamente a Birgit Püve pelo retrato de dois gémeos estónios de nove anos (Braian e Ryan) e à imagem de jovens kosovares vendo o tempo passar nas escadarias da sua Biblioteca Nacional (Püve intitulou a fotografia Momento Indeciso).
O prémio, promovido pela National Portrait Gallery e patrocinado pelos escritórios de advogados Taylor Wessing, é considerado um dos mais prestigiados concursos fotográficos mundiais. No site do museu, lê-se que “os fotógrafos são encorajados a interpretar ‘retrato’ no seu sentido lato, o de ‘fotografia preocupada em retratar pessoas, com a ênfase na sua identidade enquanto indivíduos’”.
