Era a escolha mais expectável e foi unânime: Emma Lavigne, curadora do Pompidou Paris que será também a comissária do pavilhão de França na próxima edição da Bienal de Veneza, foi a escolhida para a direcção do Pompidou-Metz, a extensão do Beaubourg na capital da região da Lorena.

Aos 46 anos, Lavigne sucede a Laurent Le Bon, que estava à frente da instituição desde a abertura, em 2010, e que foi chamado a Paris para salvar a reabertura do Museu Picasso, no dia 25, após cinco anos de trabalhos de renovação e expansão e uma avalanche de problemas. Na segunda e última fase de selecção, a “jovem curadora”, como lhe chama o diário francês Libération, deixou para trás 10 outros candidatos, entre os quais o português Delfim Sardo – um de apenas dois candidatos estrangeiros, a par com o belga Emmanuel Lambion.  

Segundo o Libération, a posição de Lavigne viu-se reforçada pelo sucesso da exposição retrospectiva dedicada à obra de Pierre Huyghe com que o Pompidou transformou a rentrée de 2013 em todo um evento. Lavigne foi a comissária e deverá agora remontar a mesma mostra, com cerca de 50 projectos, no Los Angeles County Museum, depois de no princípio do ano a itinerância ter passado também pelo Museu Ludwig de Colónia. Antes, também no Pompidou, onde está desde 2008, Lavigne foi responsável pela grande exposição de 2012 Danser sa vie, dedicada às ligações entre a dança e as artes plásticas desde o arranque do século XX.

Em Veneza, Lavigne assegurará a curadoria da participação de Céleste Boursier-Mougenot, o músico e artista plástico que será o representante oficial francês de 2015.