Psicólogos: há 4 mil licenciados nos centros de emprego

O 2.º Congresso Nacional da Ordem dos Psicólogos Portugueses e o IX Congresso Ibero-Americano de Psicologia decorrem em Lisboa

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Arnd Wiegmann/Reuters

Há quatro mil licenciados em Psicologia registados nos Centros de Emprego. Daí que Telmo Mourinho Baptista, bastonário da Ordem dos Psicológos, afirme que os serviços destes profissionais precisem de ser cada vez mais usados em diferentes áreas. Algo que, acrescenta, está por acontecer. 

 

Telmo Mourinho Baptista cita as estatísticas para dizer que uma em cada cinco pessoas pode vir a ter uma perturbação, de depressão a ansiedade, de perturbações decorrentes do stress, de consumo ou familiares. Todas com um "impacto muito grande na vida das pessoas" e para as quais "há respostas psicológicas muito claras".

 

O bastonário não tem dúvidas de que há o reconhecimento da classe, mas também não tem dúvidas de que é preciso encontrar formas de os psicólogos chegarem "mais às pessoas". "Porque há muita gente a trabalhar no privado, mas isso limita o acesso, e para garantir o acesso temos de ter soluções públicas de acesso mais próximo das pessoas", diz.

 

Com a sessão de abertura marcada para esta segunda-feira, ao 2.º Congresso Nacional da Ordem dos Psicólogos Portugueses juntou-se o IX Congresso Ibero-Americano de Psicologia, o que faz com que até ao fim de semana estejam mais de 2.000 profissionais (de 11 países) no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, com cerca de 1.650 intervenções previstas.

 

20 mil escritos na Ordem

O objetivo é afirmar os psicólogos no espaço ibero-americano e reflectir sobre a Psicologia, embora o bastonário já faça um diagnóstico: há psicólogos ,mas faltam formas de eles chegarem mais a quem precisa. "Nós temos de facto um conjunto muito apreciável de gente formada em Psicologia, na Ordem temos inscritas cerca de 20 mil pessoas", mas "a correspondência entre a produção dos psicólogos " e a sua utilização nos serviços "tem de ser aumentada", reitera o bastonário, Telmo Mourinho Baptista, em declarações à Lusa.

E acrescenta: há uma necessidade, quanto a nós premente, de que se utilize mais os serviços dos psicólogos nas várias áreas. Isso ainda não está totalmente feito e teremos de fazer todo um trabalho para que isso cresça nas várias áreas, da saúde, da educação, das organizações, do desporto, da justiça... há espaço para que haja uma maior utilização dos psicólogos.

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