Para o concerto de Mariza, que fechou o segundo dia do festival de Cais de Fado, todo o espaço no Quartel da Serra do Pilar foi pouco, e houve quem se queixasse por não ter conseguido assistir. A entrada é livre e a afluência foi muita - 29 mil pessoas, contabilizou a organização, a cargo da Casa da Música e da Câmara de Gaia.

Para o concerto deste sábado espera-se uma afluência semelhante. Será o último dia do Cais de Fado, com o espectáculo “Fado Sinfónico” a reunir Cristina Branco, Camané e a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música. Este espectáculo dará uma dimensão sinfónica a clássicos celebrizados por Amália, como Maria Lisboa e Estranha Forma de Vida, mas também a fados contemporâneos de Mário Laginha, José Mário Branco ou Custódio Castelo, com letras de António Lobo Antunes ou Manuela de Freitas, entre outros. As orquestrações são de Mário Laginha, José Mário Branco e Filipe Melo.

Segundo a organização, este festival recebeu, nos primeiros dois dias, 45 mil espectadores. Os concertos realizados no Cais de Gaia e nas Caves de Vinho do Porto contaram com a presença de 7 mil pessoas, enquanto as apresentações de Gisela Joao e Mariza levaram à Serra do Pilar 38 mil pessoas. A maior afluência de público registou-se no concerto de Mariza.

Na sua página oficial do facebook a fadista agradeceu cada minuto que lhe foi dado pela assistência, uma multidão de quem sentiu muito carinho. E pelos comentários ali deixados, percebe-se que não foram só os fãs da fadista que a foram ouvir, mas que muitos a descobriram pela primeira vez.

Esta foi uma aposta assumida da Casa da Música, a de desviar o fado das casas tradicionais e das salas de espectáculo para conquistar novos públicos. para além dos nomes mais conhecidos - que actuam na Serra do Pilar - deu palco a nomes emergentes como Rita Ruivo, Joana Cardoso, Rui Oliveira, Fado Violado, Com~Tradição e Patrícia Costa.