BES anuncia que Vítor Bento entra já em funções

BES antecipou tomada de posse da nova comissão executiva depois da intervenção do Banco de Portugal para acalmar clientes, investidores e o mercado financeiro.

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Carlos Costa pode avançar com a liquidação do BES "mau" Nuno Ferreira Santos

A decisão surge na sequência da intervenção do Banco de Portugal que, domingo, exigiu que a actual administração do BES reunisse de urgência para avançar de imediato com a nomeação da nova equipa de gestão. Assim, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Ricardo Salgado, José Manuel Espírito Santo e José Ricciardi informam a decisão de avançar já com a nova comissão executiva, sublinhando que “estas cooptações serão objecto de ratificação na Assembleia Geral convocada para dia 31 de Julho”.<_o3a_p>

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A decisão surge na sequência da intervenção do Banco de Portugal que, domingo, exigiu que a actual administração do BES reunisse de urgência para avançar de imediato com a nomeação da nova equipa de gestão. Assim, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Ricardo Salgado, José Manuel Espírito Santo e José Ricciardi informam a decisão de avançar já com a nova comissão executiva, sublinhando que “estas cooptações serão objecto de ratificação na Assembleia Geral convocada para dia 31 de Julho”.<_o3a_p>

No domingo, o Banco de Portugal explicava que o encontro serviria para cooptar – “na sequência das renúncias, entretanto, apresentadas pelos membros do Conselho de Administração do BES” – os membros propostos pela Espírito Santo Financial Group, dona de 25,1% do banco, com o apoio do Crédit Agricole, um dos maiores accionistas.

Vítor Bento, até aqui presidente da SIBS, assumirá a liderança da comissão executiva, substituindo Ricardo Salgado. José Honório, que foi até Fevereiro presidente da Portucel, será vice-presidente, e João Moreira Rato, até agora presidente do IGCP, administrador financeiro.<_o3a_p>

Além de querer acalmar os mercados, o Banco de Portugal quer proteger o BES da exposição ao Grupo Espírito Santo, que controla os activos não financeiros do grupo e detém, por exemplo, os hotéis Tivoli. O BES é o maior credor da empresa e tem uma exposição directa de 1480 milhões de euros.<_o3a_p>

O Banco de Portugal espera ainda que “lhe seja submetido, para avaliação, o modelo de governo interno que venha a ser aprovado em assembleia geral extraordinária”, acrescentando que, para obter um parecer positivo, “a assembleia geral deve assegurar que os membros a designar para o novo órgão societário são adequados tendo, designadamente, por referência os requisitos exigidos na lei para o exercício de funções de administração e fiscalização em instituição de crédito”.<_o3a_p>

Entretanto, o Espírito Santo Financial Group anunciou, nesta segunda-feira, ao regulador do mercado que reduziu a sua participação consolidada do BES de 25,1% para 20,1% ou 1,128,071,365 acções. A venda de 4,99% de participação no banco foi feita permitir ao ESFG “satisfazer a suas obrigações de reembolso” da margem de empréstimo. 

Nesta manhã, as acções do BES regressaram à negociação na Bolsa de Lisboa mas caíram 5,50%. O PSI 20 abriu o dia a subir 0,26% para 6.158,52 pontos.<_o3a_p>

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