As novas regras do Código da Estrada, que entraram em vigor em Janeiro, ainda passam despercebidas para a maioria dos condutores inquiridos num estudo. Apesar de 92% dos participantes no trabalho dizerem que estavam a par das mudanças, menos de 1% das pessoas acertaram, por exemplo, na nova taxa de álcool permitida para condutores profissionais ou recém-encartados e que foi reduzida para 0,19 gramas por litro de sangue.

O trabalho, que foi feito pela empresa de estudos GfK para a seguradora Direct, mostra que 97% dos inquiridos falharam mais de metade das respostas. Uma das perguntas dizia respeito ao limite máximo de velocidade em zonas residenciais, que passou desde o início deste ano a ser de 20 quilómetros por hora. Só 12% das pessoas acertaram. A amostra seleccionada contou com 1200 pessoas, tendo a informação sido recolhida por entrevista telefónica feita entre os dias 9 de Abril e 2 de Maio a um universo de condutores portugueses.

Com as alterações, passou também a ser obrigatório, em caso de acidente, fazer o despiste do consumo de drogas ao condutor, como acontecia até agora com o álcool. No entanto, só 38% das pessoas conheciam que este teste era feito, e só 20% sabiam que é mesmo obrigatório.

Além disso, no que diz respeito a crianças, só 12% dos inquiridos sabiam que, agora, os menores de 12 anos com mais de 1,35 metros de altura podem deixar de usar banco elevatório e 39% também não sabiam que o uso de auriculares duplos durante a condução passou a estar interdito.

Pelo contrário, a mudança das regras de circulação nas rotundas foi bem recebida, com 85% dos condutores a saberem que só devem circular na faixa de fora imediatamente antes de quererem sair. Só que neste caso, quase ninguém sabia que há excepções que se aplicam aos veículos pesados e a bicicletas, por exemplo.