Primark diz que “etiquetas encontradas em Swansea são falsas”

Cadeia irlandesa fala de "embuste" e desmente dois casos de alegados abusos denunciados no Reino Unido. Caso de Belfast não está, no entanto, resolvido e investigação continua aberta

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Britânicas com roupa da Primark onde as etiquetas têm pedidos de ajuda e denuncias DR

A investigação da Primark sobre as etiquetas encontradas em dois artigos comprados em 2013 numa loja de Swansea, no Reino Unido, concluiu que “o mais provável é que tenha sido uma brincadeira/embuste realizada/o no Reino Unido” e que “as etiquetas encontradas em Swansea são falsas”. Apesar desta conclusão, admite que a investigação continua em curso. 

Há neste momento três casos sob investigação. Além da jovem Rebecca Gallagher, que descobriu recentemente num vestido floral uma etiqueta com aquilo que parecia ser um pedido de ajuda (“Obrigados a trabalhar durante horas a fio”), foi também conhecido o caso de Rebecca Jones, que partilhou na sua conta do Twitter a fotografia da etiqueta de um top onde se lê “Condições de exploração degradantes”, e um outro, de 2009, referente a um par de corsários comprados em Belfast, em 2009, onde foi encontrado no bolso um bilhete com pedido de ajuda.

Em comunicado enviado às redacções, a cadeia de roupa irlandesa alega que os rótulos encontrados nas duas peças de roupa compradas em diferentes momentos e por diferentes pessoas na cidade de Swansea “são claramente da mesma fonte” e deixa no ar a hipótese de as etiquetas serem oriundas de uma exposição. “Pode ser apenas coincidência que uma exposição de etiquetas do mesmo género tenha sido realizada em Swansea, também em 2013. Nesta exposição, os visitantes foram incentivados a costurar etiquetas utilizando o texto e uma aparência semelhante à das etiquetas falsas encontradas nestes artigos da Primark”, argumentam.

“É absolutamente inverosímil que estas etiquetas tenham sido costuradas na fábrica onde as roupas foram produzidas, uma vez que foram fabricadas por diferentes fornecedores, em fábricas diferentes, em continentes diferentes, um na Roménia e outro na Índia, a milhares de quilómetros de distância. No entanto, ambas as peças de vestuário que continham as etiquetas falsas foram compradas na loja Primark de Swansea em 2013”, continuam.

Apesar das conclusões a que diz ter chegado, a Primark admite que nenhum dos três casos está encerrado, uma vez que continua a ser investigada “a evidência de um recado em papel dentro do bolso de um par de corsários na Irlanda do Norte, com processos de investigação neste momento a decorrer no Reino Unido e na China”. Está também a ser averiguada a ligação deste caso com “a questão dos rótulos de Swansea”.

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