Passos desafia empresas a criar ofertas de estágio para jovens

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Passos Coelho numa das acções da campanha deste ano em Barcelos PÚBLICO

O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho desafiou esta segunda-feira as empresas a “seguir o exemplo” de uma multinacional que estabeleceu uma aliança com outras companhias para a criação de 500 ofertas de estágios para jovens em Portugal.

O apelo foi lançado na sessão da assinatura da Aliança para a Juventude, promovida pela Nestlé, a que se juntaram outras empresas, incluindo 13 portuguesas, para fomentarem a oferta de estágios para jovens. Com o apoio da Comissão Europeia, o objectivo inicial é de 500 estágios em Portugal e o grupo de empresas compromete-se a criar mais oito mil oportunidades em três anos.

Na sessão, que decorreu na Fundação Champalimaud, em Lisboa, Passos Coelho referiu a melhoria nos níveis de desemprego desde o início do ano passado, mas considerou os números ainda muito negativos. “Continuamos a ter um nível de desemprego intoleravelmente elevado sobretudo numa camada com elevadas qualificações”, afirmou, perante uma plateia de empresários e em que estava o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, além do vice-primeiro-ministro Paulo Portas e do ministro da Solidariedade, Pedro Mota Soares.

Desejando que as “oportunidades” geradas pelos novos fundos comunitários possam ser “mais bem aplicadas do que no passado”, o chefe de Governo lançou o desafio às empresas para “seguirem o exemplo” e que “possam multiplicar esta Aliança para a Juventude”. Depois de referir que a crise económico-financeira “incubou” demasiados anos, Passos Coelho cumprimentou de forma “muito amiga” e “agradecida” o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, sentado na plateia, por ter sido o “motor” para que os países europeus adquirissem mais responsabilidade e mecanismos para actuar de forma “mais precoce” face a uma eventual futura crise.

Durão Barroso agradeceu à Nestlé por “fornecer emprego para jovens” e lembrou que em Portugal há 140 mil jovens que não conseguem encontrar emprego, o que tem “repercussões graves”. O Presidente da Comissão Europeia elogiou a “mobilidade” como uma escolha e não como uma obrigação. “O desejável é que os que queiram continuar no seu país possam encontrar possibilidades de trabalho”, afirmou.

Entre os parceiros nacionais, a Nestlé Portugal assinou protocolos com a BA Vidro, BPI, Eurogroup Consulting, Germen, GraphicsLeader, Jerónimo Martins, Logoplaste, Luis Simões, Portucel, RAR, Saica Pack, Sonae e Vodafone. A nível europeu já há acordos firmados com a Adecco, Axa, Cargill, Chep, DS Smith, Ernst&Young, Facebook, Firmenich, Google, Nielsen, Publicis, Salesforce.com, Twitter e White&Casem.

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