Kathryn Bigelow poderá filmar a história da libertação do sargento Bowe Bergdahl

A história do "último prisioneiro de guerra dos EUA" está também nos planos do realizador Todd Field.

Foto
Bergdahl em 2009 Reuters TV

Bigelow deve juntar-se ao seu parceiro do costume, Mark Boal, para transportar para o cinema a história de Bergdahl, que esteve refém dos taliban, no Afeganistão, durante cinco anos e que no final de Maio foi libertado em troca da liberdade de cinco dirigentes taliban detidos em Guantánamo – o que levou a ala republicana a criticar duramente a decisão da Administração Obama. Durante o seu sequestro, Bergdahl terá sido torturado, como noticiou o New York Times, mas ainda se sabe pouco sobre o estado de saúde física e psicológica do militar, que esteve a recuperar no centro militar norte-americano Landstuhl, na Alemanha, e que regressou aos EUA há três dias, mas que ainda não estará pronto para regressar ao contacto com a sua família. Mesmo o domínio da fala na língua inglesa estaria comprometido quando da sua libertação, por exemplo.

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Bigelow deve juntar-se ao seu parceiro do costume, Mark Boal, para transportar para o cinema a história de Bergdahl, que esteve refém dos taliban, no Afeganistão, durante cinco anos e que no final de Maio foi libertado em troca da liberdade de cinco dirigentes taliban detidos em Guantánamo – o que levou a ala republicana a criticar duramente a decisão da Administração Obama. Durante o seu sequestro, Bergdahl terá sido torturado, como noticiou o New York Times, mas ainda se sabe pouco sobre o estado de saúde física e psicológica do militar, que esteve a recuperar no centro militar norte-americano Landstuhl, na Alemanha, e que regressou aos EUA há três dias, mas que ainda não estará pronto para regressar ao contacto com a sua família. Mesmo o domínio da fala na língua inglesa estaria comprometido quando da sua libertação, por exemplo.

A história de Bowe Bergdahl, de 28 anos, não é apenas a da sua libertação e cativeiro, mas dos momentos antes da sua captura. O sargento foi apanhado pelos taliban quando abandonou o seu posto no Afeganistão e colegas da sua unidade disseram já que Bergdahl expressara críticas à actuação do Exército norte-americano e que pretenderia desertar. Outras fontes recordam que o jovem militar estudou em casa e tinha fortes convicções religiosas, tendo também passado uma temporada num mosteiro budista e tentado alistar-se na Legião Estrangeira.

Agora, dois realizadores estarão a preparar-se para abordar a sua história, partindo Bigelow de Estado de Guerra, sobre a guerra no Iraque, e de 00h30: Hora Negra, sobre a operação para apanhar Osama bin Laden para a história da libertação de Bergdahl, noticia o site Deadline. A revista Hollywood Reporter precisa que a Annapurna Pictures, a mesma de 00h30: Hora Negra, estará envolvida. Os dois filmes ganharam sete óscares. Todd Field enfrentará assim dificuldades acrescidas para ver o seu próprio projecto avançar em algum estúdio visto que Bigelow e Boal têm já Óscares e pedigree nestas temáticas. O projecto de Field baseia-se na reportagem America's Last Prisoner of War sobre Bergdahl escrita para a Rolling Stone pelo falecido jornalista Michael Hastings.

Mas como assinala a revista Time, haverá ainda questões legais a tratar nenhum dos projectos tem ainda luz verde do próprio ou da sua família, nem os direitos para poder contar a história, sem os quais se prevêem obstáculos legais ao avanço de qualquer um dos filmes. Contudo, a Fox Searchlight, associada ao projecto de Field, já garantiu os direitos de America's Last Prisoner of War.