Equador quis contrariar favoritismos, mas acabou vergado

Apesar de ter dado nas vistas, a “Tricolor” não conseguiu segurar a vantagem inicial. Reviravolta helvética veio do banco.

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Reuters

À entrada para o jogo inaugural do grupo E, entre Suíça e Equador, a posição ocupada por cada uma das equipas no ranking da FIFA (os helvéticos em sétimo e os equatorianos em 26º) dava o mote para o sentido das apostas. E se a “Nati” até terminou o encontro com os preciosos três pontos, vencendo por 2-1, a verdade é que, pelo que fez durante toda a partida, a “Tricolor” merecia ter deixado o Estádio Nacional, em Brasília, com outro resultado.

Com uma experiência muito superior em Mundiais, e um onze composto, na sua maioria, por jogadores que actuam nos principais campeonatos de Itália e Alemanha (Lichtsteiner, da Juventus, e Shaqiri, do Bayern, são os exemplos mais palpitantes), seria difícil não olhar para a “Nati” como a favorita. 

Apesar disso, o técnico do Equador, Reinaldo Rueda, deu mostras de ter a lição bem estudada quando, antes do encontro, avisou para o perigo que poderia advir dos lances de bola parada executados pelos helvéticos. E, na verdade, o treinador colombiano não se enganou, quando previu que esta pudesse ser uma nuance importante no decorrer do encontro. 

O que provavelmente não adivinhava é que seriam os seus pupilos os primeiros a tirar partido disso. Quando estavam decorridos 22 minutos, uma dupla que actua no Pachuca, do México, acabaria por encontrar o caminho para a baliza de Diego Benaglio, através da conversão de um lance de bola parada. Walter Ayoví bateu o livre e Enner Valencia, solto de marcação, só teve de encostar para o fundo das redes, num golo que premiou um melhor arranque dos equatorianos.

Daí em diante, os helvéticos esboçaram uma reacção, mas seria Inler, de meia distância, o único a conseguir criar perigo durante o primeiro tempo. Só que, no reatamento, o experiente Ottmar Hitzfeld tiraria um coelho da cartola: Mehmedi entra para render Stocker e, 121 segundos após pisar o relvado, celebra o golo do empate, na sequência de um pontapé de canto. 

Os helvéticos deram sinais de estarem mais fortes na segunda parte, mas, à excepção de um remate às malhas laterais disferido por Shaqiri (aos 73’), foram sempre os equatorianos a estar mais perto de retomar a liderança do marcador – Montero, primeiro, e Arroyo, depois, obrigaram Diego Benaglio, guarda-redes que já passou pelo Nacional, a aplicar-se. 

Não espanta por isso que o que aconteceu aos 90+3 tenha deixado a “Tricolor” mergulhada num enorme sentimento de injustiça. Quando já pouco o faria prever, Behrami consegue um corte “in extremis” no sector defensivo e lança um contra-ataque mortífero que seria concluído da melhor forma por Seferovic. Hitzfeld, esse, esfregava as mãos de contente: duas substituições, dois golos apontados por homens vindos do banco.

 
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