Finalistas de 2013 em maus lençóis

Chiefs e Brumbies sofreram derrotas pesadas na jornada 15 do Super Rugby e estão fora do “top-6”

Sharks fazem história na Nova Zelândia

Os Sharks fizeram história, tornando-se na primeira equipa sul-africana a ganhar todos os jogos em solo neozelandês. Tal como na partida anterior, frente aos Crusaders, a formação de Durban voltou a jogar largos períodos com apenas 14 jogadores, mas uma defesa rigorosa, a agressividade do “pack” avançado sul-africano e o jogo ao pé de Frans Steyn acabaram por fazer a diferença. Os Blues igualaram os visitantes no número de ensaios com Luke Braid (42’) e Tevita Li (67’) a marcar para a equipa da casa enquanto Bismarck du Plessis (10’) e Jacobus Reinach (54’) efectuaram o toque de meta para os forasteiros, mas mais uma vez foi Steyn a fazer a diferença ao penalizar a falta de disciplina dos anfitriões. Com esta derrota os Blues estão afastados (novamente) da luta pelos “play-offs”.

Waratahs são líderes na Austrália

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Os Waratahs impuseram-se frente aos Rebels, obtendo seis ensaios contra apenas um dos anfitriões, conseguindo um ponto bónus ofensivo que os coloca no topo da conferência australiana e em segundo lugar na classificação geral do Super Rugby. Os visitantes chegaram ao intervalo a vencer por 9-16, com ensaios de Rob Horne (10‘) e Adam Ashley-Cooper (36‘). No segundo tempo, Michael Hooper (53’), Kurtley Beale (63’), Israel Folau (70’) e Brendan McKibbin (77’) dilataram o resultado, enquanto os Rebels obtiveram o seu único ensaio por intermédio de Telusa Veainu (59’). O resultado poderia ser ainda mais expressivo se Bernard Foley e Kurtley Beale tivessem calçado as chuteiras certas para rematar aos postes: apenas 36% de rácio de sucesso.

Bulls vingam-se dos Brumbies

Após terem perdido em Pretória perante os Brumbies nas meias-finais da edição de 2013, os Bulls vingaram-se do seu adversário com uma exibição sólida, obtendo o primeiro ponto bónus ofensivo da época, mantendo assim a esperança viva de atingir o “play-off”, enquanto os Brumbies caem para fora do "top-6". Jono Ross liderou o ataque sul-africano com um par de ensaios (24’ e 74’) obtendo a melhor exibição da época, enquanto o centro Jan Serfontein (8’) e o ponta Bjorn Basson (45’) marcaram os restantes ensaios, dando a terceira vitória consecutiva aos Bulls e a sexta em 13 partidas nesta temporada. Os anfitriões chegaram ao intervalo a ganhar por 23-6, mas no segundo tempo os forasteiros tentaram o ataque ao resultado e chegaram a obter três ensaios - Henry Speight (47’), Ben Mowen (67’) e Tevita Kuridrani (78’) -, mas Jacques-Louis Potgieter manteve a equipa da casa na frente do marcador através de seis penalidades e duas conversões, terminando com um total de 22 pontos.

Crusaders na luta

No primeiro derby neozelandês da jornada e no melhor jogo da ronda, os Crusaders mostraram de que são feitos frente aos Highlanders, obtendo uma vitória com um ponto bónus ofensivo que lhes dá a liderança da conferência neozelandesa e o terceiro lugar na geral. Com ambas as equipas a terminar com quatro ensaios, foi a eficácia de Colin Slade na hora de rematar aos postes que definiu a diferença estreita no marcador. O jogo foi muito disputado do princípio ao fim, com os Crusaders a efectuarem o primeiro toque de meta através de Jordan Taufua (11’), mas os anfitriões rapidamente responderam por intermédio de Ged Robinson (24’) e Osborne (27’), colocando os Highlanders na frente do marcador ao intervalo (12-10). No segundo tempo os Crusaders colocaram-se confortavelmente na liderança (18-29) após ensaios de Tim Perry (41’), Nepo Laulala (49’) e Nemani Nadolo (63’). Mas os Highlanders nunca baixaram os braços e Malakai Fekitoa (67’) e Ben Smith (72‘) reduziram a diferença para 30-32, com Slade a adicionar três pontos através de uma penalidade. Na última jogada a equipa da casa pensou que tinha ganho o jogo, mas após consulta ao vídeo-árbitro confirmou-se que o pé de Patrick Osborne esteve em contacto com a linha no momento em que efectuou o toque de meta, anulando o ensaio aos Highlanders e oferecendo um final emocionante para um fantástico jogo de râguebi.

Hurricanes esmagam campeões

Os Chiefs sofreram uma derrota humilhante em Wellington perante os Hurricanes, naquela que foi o maior desaire dos actuais campeões na presente edição do Super Rugby. Como consequência, os forasteiros perderam a liderança da conferência neozelandesa e caíram para oitavo lugar na geral. Os Hurricanes simplesmente não deram qualquer hipótese, obtendo três ensaios no primeiro tempo por Andre Taylor (3‘), Ben Franks (20‘) e Julian Savea (29‘), enquanto os visitantes apenas efectuaram o toque de meta por Liam Squire (14’). No segundo a equipa da casa, voltou novamente a transpor a linha de ensaio adversária três vezes: Julian Savea (50‘), Jack Lam (62’) e Brad Shields (71’), enquanto Beauden Barrett adicionava as respectivas conversões, colocando o resultado final num impensável 45-8.

Force não desistem

Os Western Force mantêm-se confortavelmente nos lugares cimeiros de acesso aos “play-offs”, graças a uma vitória por 29-19 sobre os Lions, em Perth. Os anfitriões chegaram ao intervalo a ganhar por 15-9, após o sul-africano Marnitz Boshoff ter mantido os sul-africanos na frente do marcador durante mais de meia hora mas em menos de três minutos os anfitriões obtiveram dois ensaios por Matt Hodgson (35’) e Jayden Hayward (38’). No segundo tempo, Boshoff voltou a pressionar a equipa da casa com o seu eficiente jogo ao pé, mas seria Chris Tuatara-Morrison (73’) a dilatar o resultado para os anfitriões (22-12). No entanto, apenas três minutos depois, Elton Jantjies (76’) manteve viva a esperança sul-africana. Esperança essa que não seria duradoura: Hodgson, o capitão da equipa da casa, obteve o quarto ensaio dos Force a dois minutos do final e colocou um ponto final na incerteza.

Os “novos” Stormers impressionam

O estilo de jogo praticado pelos Stormers neste final de época é um verdadeiro contraste não só com a abordagem utilizada no início da temporada, mas com o estilo de râguebi praticado nos últimos anos, que apesar de eficiente e calculista não era tão expansivo e vistoso, concedendo poucos ensaios, mas também não obtendo muitos. Desde a chegada de Gert Smal a Newlands, que os homens da Cidade do Cabo têm optado por uma vertente mais atacante. Neste jogo não só conseguiram ganhar aos Cheetahs, como alcançaram o bónus ofensivo sem sofrer qualquer ponto da equipa de Bloemfontein. Numa partida que não contou com o capitão Jean de Villiers – uma lesão vão excluir o centro dos jogos de Junho dos Springkboks -, os ensaios dos anfitriões apareceram por intermédio de Deon Fourie (4’), Jacobus van Wyk (33’), Siya Kolisi (69’) e Sailosi Tagicakibau (76’). Este foi o primeiro encontro da temporada onde uma equipa não conseguiu obter qualquer ponto, tornando a prestação da equipa dos Cheetahs numa das mais fracas da época.

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