Versão de Space Oddity gravada no Espaço sai do ar em três, dois, um…

Chris Hadfield negociou com David Bowie a cedência dos direitos de autor por um ano. O prazo termina nesta terça-feira, 22 milhões de visualizações depois.

Chris Hadfield diz adeus ao espaço ao som de David Bowie

Dificilmente o vídeo deixará de poder ser encontrado na Internet, uma vez que existem várias réplicas online. Mas restam poucas horas para ver o original, que foi publicado a 13 de Maio de 2013 no canal de Chris Hadfield no YouTube. Era o último dia dos cinco meses que o coronel passou aos comandos da ISS. Desde então, foi visto mais de 22 milhões de vezes.

O sucesso de Hadfield não começou com Space Oddity. Durante o período em que esteve no Espaço, construiu comunidades de centenas de milhares de seguidores em redes sociais como o Facebook ou o Twitter. O canadiano queria mostrar aos humanos comuns – os que não saem da Terra – como era o quotidiano de um astronauta na ISS e gravou vídeos de tarefas tão corriqueiras como fazer sandes ou lavar os dentes. E até chegou a gravar um vídeo a chorar, para que pudéssemos ver o que acontece às lágrimas dos que choram no Espaço.

Antes de tudo isso, Hadfield, agora com 54 anos, gravou uma canção original na ISS. Foi o primeiro a fazê-lo, tal como já tinha sido o primeiro canadiano a andar no Espaço. Mas, se já tinha entrado para a história da astronomia, foi com Space Oddity que escreveu o seu nome nos livros da história popular.

Para o conseguir, passou meses a negociar com os representantes de Bowie – que gravou o tema em 1969, no mesmo ano da alunagem da missão Apollo 11 – e com as agências espaciais dos EUA, do Canadá e da Rússia. Isto porque a legislação dos Estados terrenos se aplica no Espaço (no caso da ISS, depende do módulo em que os astronautas se encontram).

Foi o próprio Chris Hadfield que recordou, tanto no Facebook como no Twitter, que esta terça-feira era o último dia para ver a sua versão de Space Oddity. As mensagens do astronauta provocaram de imediato comentários a lamentar a imposição legal e a pedir a David Bowie que permitisse que o vídeo se mantivesse online. O “Camaleão do Rock” mantém-se em silêncio.

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