Júlio Pomar distinguido com Prémio SOS Azulejo Vida e Obra
O artista plástico de 88 anos foi distinguido com o prémio Vida e Obra.
O pintor expôs pela primeira vez em 1942, no âmbito de uma iniciativa sua, com outros colegas da Escola Superior de Belas Artes, que frequentava, e com antigos colegas da Escola António Arroio. Nesta exposição vendeu o seu primeiro quadro Saltimbancos, a Almada Negreiros.
Os críticos apontam Júlio Pomar, entre os nomes da terceira geração de pintores modernistas portugueses. A sua obra integra várias colecções e museus de arte nacionais estrangeiros, nomeadamente a colecção Berardo, a da Fundação Calouste Gulbenkian, da Culturgest e da Pinacoteca de S. Paulo, no Brasil.
Júlio Pomar, que recentemente se revelou autor de letras de fados, criou, em 2013, um painel de azulejos para o Museu da Cerveja, em Lisboa, Contos murais, e outro, em 2009, para a Biblioteca Nacional de Brasília. É também o autor dos painéis de azulejo em azul e branco, com figuras da literatura portuguesa, da estação do Alto dos Moinhos, do Metropolitano de Lisboa.
A entrega dos prémios SOS Azulejo decorreu na segunda-feira à tarde, no Palácio dos Marqueses de Fronteira, em Lisboa.
O Prémio na categoria Dissertação de Mestrado – História de Arte foi para Isabel Augusta Pires, da Universidade de Lisboa, autora da dissertação, Fachadas azulejadas na margem do Sul do Tejo - Barreiro: 1850-1925.
Na categoria Doutoramento – História de Arte, o prémio foi para Diana Gonçalves dos Santos e, na categoria Doutoramento – Tecnologia e Restauro, foi distinguida Marisa Resende da Costa.
Joana Cabrita Martins foi distinguida com Prémio Design e o Prémio Melhor Catálogo foi atribuído à Câmara Municipal de Aveiro.
A REFER – Rede Ferroviária Nacional, recebeu o Prémio na categoria Intervenção de Conservação e Restauro.
O historiador Vítor Serrão presidiu ao júri que atribuiu os galardões do projecto SOS Azulejo, coordenado pelo Museu de Polícia Judiciária. O SOS Azulejo foi criado em 2007 com o objectivo de combater a grave delapidação do património azulejar português que registou um maior número de roubos entre 2000 e 2006. Este projecto foi premiado no ano passado na categoria Educação, Formação e Sensibilização nos galardões Europa Nostra, dedicados ao património cultural europeu.