Sporting termina a época com primeira derrota em Alvalade frente ao Estoril

Um golo de Evandro rendeu a primeira vitória da história dos "canarinhos" no recinto dos "leões". Os lisboetas fizeram pouco para evitar o desaire e até falharam um penálti.

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Os "leões" terminaram a temporada com uma derrota. Adrien acabou por falhar um poenalti que daria o empate. Patrícia de Melo Moreira/AFP

Marco Silva provou este domingo em Alvalade, no encerramento do campeonato de 2013-14, porque é um dos treinadores portugueses mais cobiçados por estes dias. Uma vitória frente ao Sporting, por 1-0, sublinhou a temporada histórica do Estoril. Pela primeira vez, a equipa da Linha venceu em Alvalade e alcançou a melhor pontuação de sempre na Liga, somando 54 pontos. O quarto lugar já estava confirmado, assim como a presença na Liga Europa pela segunda vez consecutiva. Os “leões” sofreram a primeira derrota em casa esta época e não fizeram muito para a contrariar. Pelo contrário, até falharam um penálti numa partida onde alguns jogadores já estavam em ritmo de férias.

O resultado do encontro foi estabelecido logo aos 5’. Marcos Rojo travou em falta Bruno Lopes à entrada da grande área sportinguista e o árbitro apontou, sem hesitações, para a marca de grande penalidade. Evandro, de forma irrepreensível, colocou a bola no fundo das redes. A desvantagem demorou a ser digerida pelos lisboetas, que não conseguiam impor o seu jogo e até estiveram perto de sofrer o segundo golo, aos 13’, quando Evandro cruzou para a cabeça de Balboa na área, mas a bola acabou por sair ligeiramente ao lado.

Mesmo sem fazer muito por isso, os “leões” tiveram uma soberana oportunidade para empatar a partida aos 18’, quando André Martins foi tocado na área estorilista por Tiago Gomes. Mas se Rui Patrício não teve hipótese de brilhar na sua baliza no primeiro castigo máximo, Vagner conseguiu destacar-se ao travar o penálti cobrado por Adrien.

Bem posicionada defensivamente, a equipa de Marco Silva não permitia grandes veleidades atacantes à equipa da casa, que só à passagem da meia-hora conseguiu um remate enquadrado com a baliza adversária num lance de bola corrida. Mas Vagner estava mais uma vez atento, defendendo a bola rasteira e colocada enviada por André Martins de fora da área.

Um lance que surgiu numa altura em que o conjunto de Alvalade começava a instalar-se no meio-campo contrário. Faltava, no entanto, velocidade à equipa de Jardim para causar estragos na zona mais recuada dos “canarinhos”. Perante este cenário, o técnico “leonino” mexeu no encontro, trocando um passivo Carrillo por Carlos Mané ainda antes do intervalo (38’). Uma substituição que poderia ter alterado os acontecimentos quatro minutos depois, com o internacional português a dispor de uma boa oportunidade, que acabou, mais uma vez, anulada por Vagner.

Sem grandes motivos para festejar nas bancadas, os únicos sorrisos dos adeptos “leoninos” foram arrancados nos instantes finais do primeiro tempo pela claque da Juve Leo, ao exibir uma tarja de provocação ao rival Benfica, relacionada com a final da Liga Europa, na próxima quarta-feira. “Na final de Turim somos todos portugueses. Força Carriço”, podia ler-se, numa alusão aos três jogadores nacionais que alinham no Sevilha (adversário espanhol dos “encarnados”), entre eles o ex-sportinguista referido na faixa.

Mais sérios eram os acontecimentos no relvado, onde a equipa da casa teimava em mostrar poucos argumentos para contrariar a desvantagem. O segundo tempo trouxe um ritmo mais lento, mas com a mesma toada do último quarto da primeira metade. Um Sporting instalado no meio-campo do Estoril, mas sem conseguir criar oportunidades claras de golo.

Jardim até reforçou o ataque no reatamento com o argelino Slimani, que fez companhia ao titular Montero, mas os resultados em termos de produtividade ofensiva foram escassos. Aos 53’, na transformação de um livre directo em zona frontal, Jefferson falhou por pouco o alvo e, nove minutos depois, seria Slimani a estar perto de surpreender Vagner. E pronto.

O Estoril apostava em contra-ataques venenosos ou em lances de bola parada para voltar a bater Rui Patrício, mas o marcador não sofreria mais alterações. Houve ainda tempo para a estreia absoluta do egípcio Shikabala pela primeira equipa do Sporting, que rendeu Capel aos 78’, e que ainda trouxe alguma movimentação ao jogo nos instantes finais. Mas não mais do que isso.

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