Com McCaw e Slade, os Crusaders são outros

Os Sharks conseguiram a primeira vitória sul-africana fora, os Chiefs não deram hipóteses

Blues entram na luta pelos “play-offs”

No jogo em que se celebrou a centésima participação de Quade Cooper em jogos do Super Rugby, os Blues esmagaram os Reds, conseguindo assim entra na discussão do acesso ao “play-off”, posição partilhada por todas as equipas neozelandesas que apenas se encontram separadas por cinco pontos. Os Blues chegaram ao intervalo a ganhar por 20-0 após os ensaios de Jackson Willison (30’) e Lolagi Visinia (38’). A toada atacante manteve-se no segundo tempo e os anfitriões chegaram ao ponto bónus através de Bryn Hall (42’) e Tom Donnelly (50’), colocando o resultado em 34-0. Com a redução do ímpeto atacante por parte dos neozelandeses reduziram, os Reds chegaram finalmente ao ensaio por intermédio de Ben Daley (53’) e do capitão James Horwill (64’). No entanto, os Blues voltariam a ensaiar nos últimos minutos da partida por intermédio de Ihaia West (78’), colocando o resultado final em 44-14. Este é mais um alerta para os Reds que assim se vêm na última posição da conferência australiana.

Sharks obtêm primeira vitória na Oceânia

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Não poderia ter começado melhor a prestação dos Sharks na tournée pela Oceânia. A equipa de Durban venceu na Austrália os Rebels e continua no comando da classificação geral, mas nem tudo foram boas notícias: Fred Zeilinga e Marcell Coetzee lesionaram-se e regressam à África do Sul. Esta vitória assinala igualmente o primeiro triunfo de uma equipa sul-africana fora do país, denotando o estado pobre do râguebi na África do Sil actual a nível de clubes, resultado do êxodo de talento e das inúmeras lesões resultantes do estilo de jogo praticado. Os sul-africanos mantiveram o controlo do jogo com Frans Steyn a médio-abertura, que teve uma tarde inspirada na hora de rematar aos postes. No entanto, foi preciso esperar mais de uma hora para ver um ensaio: JP Pietersen (63’) para os forasteiros e Pat Leafa (69’) para os Rebels colocaram o resultado final em 16-22.

Colin Slade lidera os Crusaders

Num jogo que assinalou o regresso de Richie McCaw à competição, os Crusaders conseguiram uma robusta vitória frente aos vice-campeões Brumbies, líderes da conferência australiana, por 40-20 em Christchurch. Este resultado confirma a reviravolta dos neozelandeses na época que, mais uma vez, começou bastante mal para os homens de Christchurch. Porém, com o regresso dos pesos-pesados, como Colin Slade e Richie McCaw, os Crusaders voltaram às boas exibições. Slade foi adicionando pontos constantemente ao marcador e terminou a partida com 23. Os Brumbies foram claramente surpreendidos pela eficácia, disciplina e o jogo ao pé do “10” All Black, e ao intervalo já perdiam for 22-6 - Johnny McNicholl (40’) fez o único ensaio. No segundo tempo ambas as equipas conseguiram um par de ensaios - Nadolo Nasiganiyavi (52’), LC Whitelock (74’) para os anfitriões e Stephen Moore (42’), Pat McCabe (77’) para os visitantes -, mas os pontos adicionados por Slade no primeiro tempo acabariam por fazer a diferença.

Chiefs esmagam Lions

Os Chiefs voltaram às vitórias e à liderança da conferência neozelandesa após esmagarem os Lions, deixando bem claro o fosso existente entre as duas equipas e as duas filosofias de jogo. Os ensaios para a equipa da casa surgiram por Gareth Anscombe (21’), Tanerau Latimer (37’), Charlie Ngatai (40’), Pauliasi Manu (42’), Bundee Aki (71’) e Tim Nanai-Williams (76’), enquanto os sul-africanos marcaram o solitário ensaio por Courtnall Skosan (46’), fixando o resultado final de 38-8. Apesar de os Chiefs liderarem a conferência neozelandesa, apenas têm cinco pontos de vantagem sobre o último classificado da Nova Zelândia (Blues), tornando esta conferência a mais competitiva de sempre do Super Rugby.

Waratahs ganham braço de ferro

Os Waratahs conseguiram derrotar os Hurricanes num jogo que contou com oito ensaios - cinco para a equipa de Sydney e três para os visitantes. Antes desta jornada os Hurricanes eram os líderes da conferência neozelandesa e terceiros na classificação, após o jogo caíram para terceiro na conferência “Kiwi” e para sétimo na geral. A primeira parte foi bastante atractiva com ambas equipas a conseguirem três ensaios e a fazerem uso da sua arma mais forte: os três-quartos. Os Waratahs conseguiram ensaios por Rob Horne (1’), Dave Dennis (30’) e Bernard Foley (34’), enquanto os visitantes efectuaram o toque de meta por Toomaga-Allen (12’), Beauden Barrett (24’) e Julien Savea (26’), colocando o resultado ao intervalo em 24-24. No segundo tempo os forasteiros apenas conseguiram acrescentar seis pontos através de duas penalidades enquanto os Waratahs adicionaram mais dois ensaios por Matt Carraro (53’) e Stephen Hoiles (64’), fixando o resultado final em 39-30.

Stormers surpreendem Highlanders

Os Stormers travaram os Highlanders ao conseguirem a primeira vitória com um ponto bónus ofensivo e a terceira da época. No segundo jogo da tournée pela África do Sul, os neozelandeses sabiam que os efeitos adversos provocados pelo “jet-lag” se fariam sentir durante o jogo e tentaram marcar os ensaios o quanto antes por forma a garantirem uma almofada de pontos para os últimos 20 minutos, mas foram surpreendidos pela inesperada capacidade atacante dos homens da Cidade do Cabo. Os ensaios dos sul-africanos surgiram por Frans Malherbe (1’e 28’), Damien de Allende (33’) e Oliver Kebble (48’), enquanto que os ensaios dos neozelandeses foram obtidos por Aaron Smith (6’), Trent Renata (36’), Ben Smith (53’) e Malakai Fekitoa (57’). Menção honrosa para Fekitoa, que deverá merecer uma chamada aos All Blacks num futuro próximo, e para o regresso de forma de Schalk Burger que, a par de Nizaam Carr e Duane Vermeulen, criou uma terceira-linha devastadora.

Bulls continuam sem perder em casa

Os ex-tricampeões do Super Rugby, recuperaram de um deficit de nove pontos no final do primeiro tempo para derrotar os rivais sul-africanos de Free State por 26-21 e assim conseguiram a primeira vitória ao fim de cinco jogos, colocando-os na décima posição na classificação geral e em segundo na conferência sul-africana. No entanto, os Cheetahs apenas se podem queixar de si próprios dado que dominaram a partida por largos períodos, mas não foram tão clínicos como os anfitriões na hora de rematar aos postes e isso provou ser a principal diferença. Os Bulls voltaram a usar o avançados para alcançarem os seus ensaios - Paul Willemse (45’) e Callie Visagie (56’) -, enquanto os Cheetahs fizeram uso das linhas-atrasadas para conseguir os seus ensaios - Johann Sadie (17’) e Raymond Rhule (39’). Destaque novamente para a segunda-linha dos Bulls, que continuam a dominar claramente os alinhamentos do Super Rugby, e para Heinrich Brussow, o flanqueador dos Cheetahs, que desde o seu regresso após lesão, tem transformado positivamente a equipa de Bloemfontein.

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