Uma imitaçãozinha de Malick, mas por desgraça uma imitaçãozinha do pior Malick, o de To the Wonder. O luto de um jovem pescador duma comunidade escocesa, único sobrevivente de um naufrágio onde morreu também o seu irmão mais velho, dado em fragmentos, em flashes, em narração e evocações interiorizadas de um estado de confusão emocional que mistura a dor da perda e a culpa de sobrevivente (confirmada, aparentemente, pela reacção hostil que a comunidade vota ao rapaz). Nunca ganha corpo para além deste “programa” de exposição de sentimento, e nunca afasta a ideia de que se trata de uma esquálida colagem ao “sistema Malick”. Resulta apenas numa variação, mais delicodoce de que a encomenda, sobre um realismo britânico inoculado com o vírus da “magia”: é ver o final, resolvido com uma metáfora gordíssima, em todos os sentidos do termo.
Gerir notificações
Estes são os autores e tópicos que escolheu seguir. Pode activar ou desactivar as notificações.
Gerir notificações
Receba notificações quando publicamos um texto deste autor ou sobre os temas deste artigo.
Estes são os autores e tópicos que escolheu seguir. Pode activar ou desactivar as notificações.
Notificações bloqueadas
Para permitir notificações, siga as instruções: