Paços de Ferreira iniciou registo da marca "Capital Europeia do Mobiliário"

Presidente da câmara defendeu que "a aposta na internacionalização deve basear-se numa estratégia devidamente estruturada".

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Cerca de 150 empresários de Paços de Ferreira apresentaram as suas novidades Fernando Veludo/arquivo

A Câmara de Paços de Ferreira vai criar a marca "Capital Europeia do Mobiliário" para evidenciar o potencial exportador da indústria local, disse, esta sexta-feira, à Lusa o presidente Humberto Brito.

Para o autarca, aquele estatuto traduzirá a capacidade das empresas do sector, que já ultrapassaram um milhão de euros de facturação anual. <_o3a_p>

O facto de o concelho ter também mais de um milhão de metros quadrados de área de exposição e venda de móveis é outro elemento diferenciador e "único na Europa" assinalado pelo edil. "Temos dois argumentos muito fortes para termos esta ambição", comentou. <_o3a_p>

O autarca recordou que o concelho tem uma "actividade económica com projecção nacional e internacional", mas há "novos desafios e ambições". "Sendo o município o detentor da marca 'Capital do Móvel' é importante promover, no plano internacional, este espaço territorial", insistiu. <_o3a_p>

A autarquia observou, que já iniciou o processo burocrático de registo da marca, à escala europeia, em diferentes línguas. <_o3a_p>

Esta medida insere-se na estratégia que aquele município do Vale do Sousa se propõe desenvolver nos próximos anos, em articulação com a Associação Empresarial de Paços de Ferreira (AEPF), a poucos anos de ser assinalado o centenário da primeira empresa de mobiliário a laborar no concelho. <_o3a_p>

Nas declarações à Lusa, Humberto Brito defendeu que "a aposta na internacionalização deve basear-se numa estratégia devidamente estruturada". <_o3a_p>

Por isso, avançou, a autarquia vai mandar realizar um estudo académico para sustentar aquela estratégia, seguindo o exemplo do sector do calçado. "Vamos ter um Plano Estratégico da indústria de Mobiliário, que queremos alargar ao têxtil, para que as empresas tenham um instrumento que ajude a um maior êxito no mundo da globalização", explicou o edil. <_o3a_p>

Para Humberto Brito, impõe-se que a câmara e as empresas tenham um "plano de acção muito concreto para a internacionalização", feito por "quem tem conhecimento científico". "É preciso validar as nossas decisões políticas em estudos que se adaptem à realidade dos territórios", acentuou ainda. <_o3a_p>

O autarca criticou depois a estratégia que foi seguida nos últimos anos, baseada na "intuição", que conduziu a apostas que não deram os resultados desejados. <_o3a_p>

A propósito, considerou que a Incubadora no concelho "não criou novas empresas", a Cidade Tecnológica "não trouxe nada de novo" e as zonas de ocupação empresarial "apenas têm 30% de taxa de ocupação". <_o3a_p>

"O concelho viveu várias tentativas de sucesso e desenvolvimento económico, que falharam. Por isso, temos taxas de desemprego tão elevadas", lamentou Humberto Brito. <_o3a_p>

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