Linha SOS-Criança recebeu nove chamadas por dia em 2013

Maioria das chamadas feitas por adultos e por mulheres.

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Rui Gaudêncio

A Linha SOS-Criança recebeu, em média, nove chamadas por dia em 2013, a maioria feita por adultos a denunciar situações de crianças em risco, de negligência, desaparecimentos ou apenas para "falar com alguém". As mulheres foram as que mais contactaram este serviço.

Dados do Instituto de Apoio à Criança (IAC) indicam que, no ano passado, 2358 pessoas, a grande maioria adultos (2109), contactaram a Linha SOS-Criança.

A maioria, 332 casos, eram relativos a crianças em risco, 272 a situações de negligência, 213 a situações de maus-tratos físicos na família, 115 a maus-tratos psicológicos na família e 24 situações de maus-tratos psicológicos na instituição.

Foram ainda relatadas 92 situações de crianças desaparecidas, 47 de bullying, 43 de abuso sexual, 25 de pobreza, 19 de negligência institucional, 16 de mendicidade, 15 de abandono, 10 de pedofilia, seis de trabalho infantil, cinco de abandono escolar e dois de prostituição infantil.

Um quarto das chamadas referia-se a crianças que vivem em famílias monoparentais (594), 20% a famílias tradicionais (475), 8,5% em lares reconstruídos (202) e seis por cento em famílias alargadas (140). Há ainda 525 casos em que não foi apurada a situação familiar do menor. Quase um terço dos apelantes (773) reside no distrito de Lisboa, 275 no Porto e 205 em Lisboa.

A Linha SOS-Criança foi criada em 1988 e até hoje já recebeu mais de 120 mil apelos.

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