Aos 83 anos, Bernie Ecclestone admite pensar na reforma

Em entrevista ao jornal Mirror, o presidente da Fórmula 1 admitiu, pela primeira vez, que 2014 pode ser a sua última temporada no comando da categoria.

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Legenda Em delit am, conullum zzril illa aut alis nit adigna cortingBernie Ecclestone

Depois de 40 anos no comando da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, o presidente da categoria, assumiu, pela primeira vez, “pensar em sair”. Em entrevista ao jornal Mirror, Ecclestone, que faz 84 anos ainda em 2014, admitiu que terá de “pensar seriamente” se deseja “fazer aos 85” o que “já faz há muito tempo”. “O mais importante é saber quando se deve pendurar as luvas nas boxes”, concluiu.

Quando questionado pelo jornal inglês sobre se esta decisão está relacionada com o caso de corrupção pendente em tribunal, o presidente da Fórmula 1 negou, dizendo que “isto [o julgamento] não é nada”. “É a maneira de as pessoas lidarem com os negócios hoje em dia, comparado com antigamente, que é o problema. Eu nunca tive que saber nada sobre governação corporativa, sobre os diferentes comités, sobre comités de ética, ou sequer para que conselho comunicar [os problemas]. Eu nunca comuniquei nada para nenhum!”, explicou.

A venda de 35% das acções da CVC, por 15 mil milhões de libras (aproximadamente 18 mil milhões de euros) pode ser, segundo Ecclestone, um dos motivos que potenciem a sua saída. “Se Donald McKenzie [co-fundador da CVC] decidir vender a sua parte na empresa, a minha estadia vai depender de quem a comprar”. Para o detentor dos direitos da Fórmula 1, a situação é “bastante simples”. “Eu sempre geri a empresa da forma que eu achei que devia ser gerida. A partir do minuto que não o puder fazer, eu saio”, ressaltou.

A saída de Bernie Ecclestone, um dos maiores magnatas do desporto da actualidade, assinalará o fim de uma longa relação de 40 anos entre o inglês e a principal categoria de automobilismo do mundo. 

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