GNR suspenso por fazer strip em clube com o uniforme militar

Militar, do Porto, usava farda que lhe estava distribuída e fez performance enquanto estava fora de serviço. Corporação abriu processo disciplinar e vai comunicar caso ao MP.

A GNR decidiu esta segunda-feira suspender um dos seus militares depois de ter descoberto que este protagonizou um striptease num clube nocturno, sábado passado, numa festa dedicada ao dia da mulher. Em causa, está o facto de o cabo ter usado a farda da corporação, assim como o restante equipamento que lhe estava distribuído durante a performance.

Fonte da GNR explicou ao PÚBLICO que tudo ocorreu no Love Clube, em Cesar, Oliveira de Azeméis, numa noite em que a área foi alvo de uma mega-operação de controlo de trânsito liderada pela própria GNR. Os militares, porém, não imaginavam que um colega estaria precisamente num estabelecimento nocturno próximo naquelas poses.

A situação foi descoberta através das redes sociais. Aquele clube nocturno, com quem o PÚBLICO tentou sem sucesso contactar, publicou as fotos do GNR fardado, mas fora de serviço, no Facebook a fazer o striptease e as imagens rapidamente tornaram-se virais.   

Alguns colegas da GNR viram, entretanto, as imagens, contactaram a discoteca para confirmar que o elemento era mesmo da GNR e denunciaram o caso ao Comando Geral da Guarda, em Lisboa.

Nas imagens, às quais o PÚBLICO teve acesso, o cabo surge no meio de uma extensa plateia feminina com o uniforme da GNR que vai tirando até ficar sem uma única peça de roupa.

“O militar foi suspenso de imediato e assim ficará enquanto decorre o processo disciplinar instaurado. Esta situação afecta a imagem da GNR, mas isso será ultrapassado. Este tipo de actuação não é compatível com os valores da GNR e dos seus regulamentos. Recebemos até denúncias de cidadãos incomodados com esta situação”, disse ao PÚBLICO o Major Marco Cruz, porta-voz da GNR.

Segundo o responsável, o processo disciplinar será “rápido” e dentro de “um ou dois meses” haverá conclusões. A GNR irá também comunicar o caso ao Ministério Público por eventual ilícito criminal.

“Não posso deixar de assumir o meu espanto quando vejo um militar da GNR envolvido neste tipo de situações com o uniforme da GNR. Na GNR temos todos os hábito de respeitar os valores e os regulamentos da instituição. Isto não é admissível”, defendeu o presidente da Associação Sócio-Profissional Independente da Guarda (ASPIG), José Alho.

 

 

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