Açores criam prémio de pintura em homenagem a António Dacosta

Região vai assinalar este ano o centenário do nascimento do pintor surrealista na ilha Terceira.

O Governo Regional dos Açores instituiu o Prémio António Dacosta, com vista a galardoar, a cada biénio a partir de 2014, os artistas regionais, bem como valorizar a actividade cultural no domínio das artes plásticas, na categoria de pintura.

O júri do concurso, nomeado por despacho publicado esta segunda-feira no Jornal Oficial da região, é constituído pelo crítico de arte António Pinto Ribeiro e os artistas plásticos José Nuno da Câmara Pereira e Maria José Cavaco. 

O objectivo deste prémio, no valor de 12 mil euros, é o de “promover a criatividade nos Açores", de acordo com o secretário regional da Educação, Ciência e Cultura, em declarações proferidas aquando da apresentação dos prémios nas áreas das humanidades, pintura e arquitectura. Luiz Fagundes Duarte anunciou que os Açores vão assinalar o centenário de nascimento de António Dacosta com várias actividades ao longo do ano, como conferências e exposições, que circularão por todas as ilhas.

Poeta e pintor, António Dacosta nasceu a 3 de Novembro de 1914 na cidade de Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. Mudou-se para Lisboa em 1935, onde cursou Belas-Artes. Estudou arte também em Paris, cidade onde se instalou definitivamente no ano de 1947. A sua pintura insere-se no movimento surrealista, tendo participado na Exposição Surrealista de Paris de 1949.

Para António Dacosta, a poesia representava um complemento da pintura, utilizando-a como catalisador do processo criativo de pintar. Destruiu, por este motivo, grande parte dos poemas que escreveu. Os que restaram foram publicados, postumamente, pela Assírio & Alvim, em A Cal dos Muros.

 

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