Vinte ninhos de cegonha transferidos de pórticos na A25
Com até meia tonelada de peso, ninhos representavam risco para os condutores e as aves.
Segundo a empresa Ascendi, concessionária que gere a auto-estrada, os ninhos começaram a surgir nos pórticos há alguns anos e representavam um risco à circulação dos automóveis e às próprias cegonhas.
E não é um perigo menor. Embora pareça um pequeno aglomerado de ramos à distância, cada ninho pode ter até um metro de diâmetro e pesar meia tonelada. Além disso, as cegonhas faziam voos muito baixos na aproximação aos ninhos, com rasantes aos automóveis.
Os ninhos foram removidos com gruas e transferidos para uma estrutura construída a pouca distância dos pórticos. “Dado que esta espécie regressa sempre aos mesmos locais de nidificação, serão tomadas medidas para evitar a constituição de novos ninhos nos pórticos de sinalização localizados sobre a via”, diz a Ascendi, num comunicado.
O número de cegonhas-brancas (Ciconia ciconia) em Portugal tem vindo a aumentar substancialmente nas últimas décadas. A abundância de alimento nos campos agrícolas e nos depósitos de resíduos urbanos é uma das razões do aumento populacional da espécie. As aves escolhem estruturas elevadas para construir os seus ninhos, em especial chaminés, torres eléctricas e pórticos.
A operação na A25 foi realizada na quinta e sexta-feira da semana passada, tendo sido acompanhada pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, segundo a Ascendi.