Málaga vai ter um Centro Pompidou

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O Pompidou de Málaga vai instalar-se no “Cubo”, um espaço de seis mil metros quadrados junto aos molhes 1 e 2 do porto da cidade

A capital da Costa do Sol, na Andaluzia, vai acolher já no próximo ano aquela que será a primeira extensão do Centro Pompidou fora de França. A revelação foi feita no início deste mês pelo alcaide de Málaga, Francisco de la Torre, que a apresentou como “uma grande notícia” para a cidade. O projecto vem ao encontro do interesse de Málaga, que assim se consolida como um importante pólo de arte contemporânea — possui já um Museu Picasso, um Centro de Arte Contemporânea e um museu com a Colecção Thyssen —, mas também do museu de Paris, cujo director, Alain Seban, tinha já anunciado a intenção de instalar aquilo a que chamou “Centros Pompidou provisórios” tanto em França como além-fronteiras. Depois da abertura, há cerca de um ano, de um Centro Pompidou em Metz, Málaga conseguiu vencer a corrida que, segundo o jornal Libération, muitas outras cidades, nomeadamente da América do Sul e de África, vinham disputando.

A cidade-natal de Picasso vai instalar o seu Centro Pompidou num espaço de seis mil metros quadrados junto aos molhes 1 e 2 do porto que é conhecido como o “Cubo”, uma estrutura arquitectónica em vidro transparente. O acordo estabelecido entre o município de Málaga e o museu parisiense tem a duração de cinco anos, prorrogáveis, e contempla a apresentação de uma exposição permanente de sete dezenas de obras do acervo do Pompidou e uma mostra temporária anual, que anteriormente tenha sido exibida em Paris. Segundo o jornal espanhol ABC, Málaga vai pagar ao Centro Pompidou pela utilização do nome e do espólio cinco milhões de euros; um montante idêntico vai ser necessário para a adaptação do espaço junto ao porto malaguenho (e para a qual o município espera poder contar com o patrocínio mecenático de uma entidade bancária). 

“Agora vai começar o trabalho técnico, porque os conservadores do Pompidou terão de vir a Málaga conhecer o espaço, e teremos de dar muitas voltas à programação”, disse ao ABC José María Luna, o director da Fundação Museu Picasso, que ficará corresponsável pela programação e escolha das peças, em conjunto com um representante do Pompidou.

Com este projecto de abrir “antenas” tanto em França como noutros países, o Centro Pompidou segue os passos do Museu do Louvre, que há um ano abriu uma extensão em Lens, no Norte do país, e tem actualmente em construção um novo museu em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, com inauguração anunciada também para o próximo ano.

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