A particularidade da origem e do meio em que se desenvolve "A Noiva Prometida" - os haredim, vulgo “judeus ultra-ortodoxos” - favorecia um olhar de tipo “zoológico”, género “venham ver estes bichos raros”. E bichos raros serão, mas Rama Burshtein constrói um sentido de familiaridade que esbate a estranheza e ilude a curiosidade turística do espectador atraído por ela. A inteligência - e o sucesso do filme - vem da maneira como se embrenha na codificação social dos haredim e a filma como uma espécie de natureza narrativa. No fundo, é quase um “filme de género”, construído com códigos que é preciso aceitar para aceitar a narrativa - como um western ou como um noir (ou como os romances de Jane Austen, já que se falou neles)... Inteligente, sólido, um dos vários filmes interessantes que têm saído do cinema israelita nos últimos anos.
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