Agência do ambiente volta a divulgar índice da qualidade do ar

Previsão tinha sido suspensa em Junho do ano passado.

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O índice permite acautelar os efeitos da poluição na população Pedro Cunha

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) voltou a divulgar a previsão da qualidade do ar, suspensa desde Junho do ano passado, que permite acautelar efeitos da poluição, principalmente para grupos mais sensíveis como crianças, idosos ou doentes respiratórios.

Na última semana, devido às temperaturas elevadas, sucederam-se, em várias regiões do país, as situações em que as concentrações de ozono ultrapassam o limiar que obriga a informar a população, por terem consequências para a saúde.

Neste caso, as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) emitem comunicados que "pretendem salvaguardar, no contexto do princípio da precaução, o dever de informação à população", como lembra a APA, em resposta a questões da agência Lusa.

Apesar da previsão dos dados da qualidade ter sido suspensa, manteve-se também a informação sobre o índice de qualidade do ar, resultante dos dados recolhidos nas estações de monitorização.

A previsão agora retomada é baseada nos modelos de qualidade do ar da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e da Universidade de Aveiro e recorre aos dados observados de poluentes do dia anterior, refere a APA. Quando ocorreu a suspensão, a APA limitou-se a apontar "questões processuais" como justificação.

A previsão da qualidade do ar possibilita alertar a população para os dias de qualidade do ar fraca a má e advertir para os riscos associados e precauções a tomar, tendo como destinatários a população em geral, mas principalmente os grupos mais sensíveis, ou seja, crianças, idosos e doentes respiratórios.

Com estes elementos, é possível tomar medidas preventivas, beber mais líquidos e controlar a exposição, evitando zonas mais poluídas como, por exemplo, áreas de maior tráfego automóvel.

O sistema actual consiste na previsão diária das concentrações do ozono troposférico e de partículas em suspensão, poluentes atmosféricos que levantam mais preocupações.
 
 

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