Fundação Vieira da Silva em festa

Gomes Pinho, o novo presdiente da Fundação Vieira da Silva, quer criar pólo cultural nas Amoreiras.

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David Clifford

O novo presidente da Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, António Gomes de Pinho, anunciou quinta-feira, em Lisboa, que a entidade vai fazer parcerias para criar um polo cultural junto ao museu da pintora, nas Amoreiras, em Lisboa.

Num encontro com jornalistas realizado no museu que acolhe o acervo da pintora Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992) e do marido, Arpad Szenes (1897-1985), Gomes de Pinho apresentou a nova estratégia para a fundação: “Queremos dinamizar o museu, abrir o atelier da pintora e organizar iniciativas culturais em vários espaços na zona das Amoreiras, em conjunto com outras entidades.”

O primeiro passo vai ser a realização do programa “Vieira da Silva em Festa”, no dia 13 de Junho, data do 105.º aniversário da pintora, que será assinalado com um programa especial de iniciativas culturais gratuitas, envolvendo cerca de meia centena de artistas. Exposições, música, cinema, teatro, dança, performances e oficinas para crianças, debates e uma feira do livro de arte são algumas das actividades previstas, que começam às 10h da manhã e terminam às 20h. Além do museu, as actividades decorrem no jardim das Amoreiras, na Mãe de Água e na Ermida de Nossa Senhora de Monserrate, também na Praça das Amoreiras.

Em Portugal, “a situação é difícil, mas as pessoas continuam a estar desejosas de cultura, uma área ainda mais importante em tempos de crise, como fcator de união”, sustentou.

No dia 13 de Junho, todas as actividades vão ser gratuitas, realizadas com parcerias e com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa. A Fundação Calouste Gulbenkian e a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento apoiaram as obras no atelier da pintora, junto ao museu, que também irá abrir nesse dia ao público.

“Queremos nesse dia homenagear Vieira da Silva, uma pintora cuja obra continua extremamente actual no século XXI, e as iniciativas têm como objetivo conquistar novos públicos”, salientou.

Gomes de Pinho defendeu que “um museu não pode ser estático, pois o público pode pensar que visitado uma vez,não se justifica lá voltar”. “Queremos transformar o jardim das Amoreiras num espaço para as artes, um ponto de encontro com uma identidade ligada a Vieira da Silva, à sua obra, e à de outros artistas”, descreveu.

Na programação de 13 de Junho estão previstas performances de Patrick Lander, de Vânia Rovisco e de Marta Rema, canto por Tanja Simic, instalações sonoras com Sónia Baptista, jazz com o duo Federico Pascucci e Fausto Sierakowsky, teatro com Catarina Wallenstein e Elmano Sancho e a actuação do Coro Menor, da maestrina Elsa Bruxelas.

Será ainda realizada uma conferência debate sobre design de Martine Bedin, inspirada em Vieira Silva e intitulada “19 Cores”, com a participação do Atelier Pedrita e a intervenção da Experimenta Design, no jardim. O programa “Vieira da Silva em Festa” terminará com um concerto de baile pelo grupo internacional Erichetta, no jardim das Amoreiras.
 
 
 

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