Bolsas animadas com acordo sobre plano de resgate a Chipre

Praça lisboeta sobe 0,56%, em sintonia com as bolsas europeias. Mercado de capitais reage positivamente ao acordo fechado na madrugada desta segunda-feira.

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Juros exigidos a Portugal em queda no mercado primário e secundário Rafael Marchante/Reuters

As bolsas estão animadas nesta manhã de segunda-feira, em reacção ao desfecho das negociações entre Chipre e o Eurogrupo, que levaram a aprovação de um plano de resgate que prevê um empréstimo de 10.000 milhões de euros e implica uma profunda reestruturação dos dois maiores bancos do país, afectando os depósitos acima de 100 mil euros.

O PSI 20 abriu a valorizar 0,94% e está neste momento a subir 0,56%, impulsionado pela banca. O Banif está a ganhar 3,13%, seguindo-se o BCP (1,89%) e o BPI (1,29%) no grupo das três cotadas com maiores valorizações na sessão desta segunda-feira. A Sonae Indústria e a EDP Renováveis são os títulos que mais perdem: 0,51 e 0,44%, respectivamente.

A praça lisboeta segue em sintonia com as congéneres europeias. O Euro Stoxx 50, índice que representa as principais empresas da zona euro, está a crescer 1,26%, fixando-se em 2715,40 pontos. Em Espanha, o Ibex sobe 0,89% e, em França, o CAC valoriza 1,41%. A mesma tendência se verifica na Alemanha, com o DAX a ganhar 1,06%, bem como no Reino Unido, onde o FTSE cresce 0,07%.

O euro também abriu em alta nesta segunda-feira no mercado de divisas de Frankfurt, a cotar-se a 1,3036 dólares, depois de ter fechado na sexta-feira a 1,3000 dólares e de ter atingido, a 1 de Fevereiro, o valor mais alto face ao dólar desde novembro de 2011, quando ultrapassou os 1,36 dólares. O Banco Central Europeu (BCE) fixou na sexta-feira o câmbio oficial do euro em 1,2948 dólares.

O barril de petróleo Brent para entrega em Maio também abriu em alta, a cotar-se a 108,20 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, mais 0,54 dólares do que no fecho de sexta-feira.

Na madrugada desta segunda-feira, Chipre fechou as negociações com o Eurogrupo para avançar com um plano de resgate que afectará apenas os depositantes acima de 100 mil euros, os accionistas e os detentores de títulos do Laiki, o segundo maior banco do país. Esta instituição será desmantelada, estimando-se que a medida represente 4200 dos 7000 milhões que os bancos vão ter de gerar para escapar à falência.

Os depósitos inferiores a 100 mil euros vão ser transferidos, a par dos activos “sãos” do Laiki, para o Banco de Chipre, que será reestruturado com o objectivo de construir um núcleo duro de capitais próprios de 9% dos activos totais.

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