Várias vozes do CDS defendem remodelação do Governo

Segundo Telmo Correia, porta-voz da reunião da Comissão Política Nacional do partido, Paulo Portas limitou-se a "registar as várias opiniões".

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O deputado Telmo Correia afirma que a segurança dos cidadãos não pode ser posta em causa. Enric Vives Rubio

O dirigente democrata-cristão Telmo Correia afirmou que várias vozes da Comissão Política Nacional do CDS-PP defenderam a necessidade de uma remodelação governamental e que o presidente do partido, Paulo Portas, apenas ouviu.

Telmo Correia foi o porta-voz da reunião da Comissão Política Nacional do CDS-PP realizada entre sábado à noite e na madrugada de domingo e, segundo o relato que fez aos jornalistas, “o presidente do partido não expressou uma opinião final sobre isso, registou as várias opiniões” relativas a eventuais mudanças no Governo.

“Essa é essencialmente uma matéria de Governo e, em primeira linha, uma matéria do primeiro-ministro. O interlocutor do primeiro-ministro nessa matéria é, obviamente, o líder do CDS-PP e também ministro de Estado. Ele, para já, ouviu essa mesma matéria. Foi aquilo a que eu assisti: ouviu essas opiniões. Oportunamente saberão o que é que o CDS-PP tem ou não tem a dizer sobre essa matéria”, afirmou.<_o3a_p><_u13a_p>

De acordo com Telmo Correia, duas das “várias vozes” que consideraram necessária uma alteração na composição do Executivo de coligação PSD/CDS-PP foram António Pires de Lima e Diogo Feio, dirigentes democratas-cristãos que também expressaram essa posição à comunicação social.<_o3a_p><_u13a_p>

“De resto, essa é uma preocupação que não é exclusiva da Comissão Política do CDS-PP, uma vez que na sociedade portuguesa esse debate tem estado presente. Várias vozes se ouviram. Aquilo que a Comissão Política e, designadamente, o seu presidente fizeram nessa matéria foi ouvir”, reiterou.<_o3a_p><_u13a_p>

Telmo Correia ressalvou que “a Comissão Política não tomou nenhuma deliberação” nem “votou nenhum documento” sobre uma eventual remodelação do Executivo, que sublinhou ser da responsabilidade, em primeiro lugar, do primeiro-ministro.<_o3a_p><_u13a_p>

“Obviamente que, no futuro, essa questão será ou não discutida. Começará, obviamente, pelo Governo e nós, eu como deputado, também terei uma opinião. Permita-me que não a expresse agora aqui”, acrescentou Telmo Correia, depois de referir que não falou deste assunto na reunião da Comissão Política do CDS-PP.<_o3a_p><_u13a_p>

Quanto à moção de censura ao Governo anunciada pelo PS, Telmo Correia perguntou “o que seria se Portugal ficasse precisamente sem Governo num momento destes”, quando está “a alguns dias” de fechar a negociação das maturidades dos empréstimos com os seus credores.<_o3a_p><_u13a_p>

“Isto significa definir o tempo, o modo e a forma desse pagamento, o que é decisivo para Portugal, para a economia portuguesa, para as empresas e para as famílias em Portugal”, considerou o deputado e dirigente democrata-cristão, acrescentando que essa é uma das razões pelas quais o CDS-PP entende “que não faria sentido nenhum que fosse um momento para derrubar o Governo”. “Dissemo-lo desde o momento do anúncio desta moção de censura do PS”, referiu.<_o3a_p>

Marques Mendes pede remodelação<_o3a_p>

Na mesma noite, o social-democrata Marques Mendes dizia, no seu espaço de comentário no Jornal da Noite da SIC, que este Governo se está a desmoronar e o país está em clima de pré-crise política e que por isso o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, tem de fazer uma remodelação e depois apresentar uma moção de confiança. Criticou ainda alguns “ministros próximos do primeiro-ministro” por “andarem a dizer a quase meio mundo que o primeiro-ministro pode demitir-se se a decisão do Tribunal Constitucional for um chumbo”. <_o3a_p>

“Espero que isto seja uma brincadeira ou mais um exercício da imaturidade que caracteriza muito este Governo”, afirmou. “Um Governo demitir-se nesta altura crucial do campeonato é apenas isto: termos um segundo resgate, sermos iguais à Grécia, mais recessão, mais desemprego e mais sacrifícios.”<_o3a_p>
 

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