Estreante Cabo Verde despede-se da CAN pela mão do Gana

O primeiro jogo dos quartos-de-final da prova foi muito equilibrado. Um penálti no segundo tempo ajudou a encontrar o primeiro semi-finalista.

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Os jogadores de Cabo Verde, desolados, no final do jogo Stéphane de Sakutin/AFP

A selecção de Cabo Verde saiu de cabeça bem levantada da Taça das Nações Africanas de futebol (CAN2013), apesar da derrota deste sábado frente ao Gana, por 2-0, em jogo dos quartos-de-final.

Em Porth Elizabeth, na África do Sul, a equipa orientada por Lúcio Antunes, estreante na competição, tombou diante de uma selecção mais experiente.

O Gana tentou ganhar o controlo do jogo nos minutos iniciais, mas o sentido de entreajuda dos cabo-verdianos foi sustendo as iniciativas de Atsu (FC Porto) e dos seus companheiros.

E até foi a linha avançada de Cabo Verde, com Heldon (Marítimo), Ryan Mendes e Júlio Tavares muito activos, que criou as melhores situações ofensivas, ao contrário dos ganeses, que no primeiro tempo não conseguiram fazer um remate à baliza.

A estratégia montada pelo treinador Lúcio Antunes funcionou em pleno no primeiro tempo e o nulo ao intervalo apenas penalizava algum desacerto cabo-verdiano nos momentos decisivos.

Um pouco contra a corrente inicial do segundo tempo, Asamoah conseguiu quebrar o “muro” defensivo de Cabo Verde e acabou travado em falta por Carlitos, lance que originou o penálti do qual resultou, aos 54 minutos, o primeiro golo, marcado por Mubarak, que havia entrado momentos antes, a render Adomah.

A reacção cabo-verdiana foi imediata e empolgante, encostando o adversário às redondezas da baliza de Dauda, que, aos 59 minutos, foi obrigado a uma defesa fantástica, correspondendo a um potente remate de Platini, desferido fora da área.

O esforço da selecção lusófona esbarrou, porém, numa série de decisões erradas do árbitro Rajindraparsad Seechurn, da Mauritânia.

Aos 82 minutos, Djaniny voltou a obrigar Dauda a nova defesa espectacular, evitando o golo do empate, contrariando um fortíssimo remate, desferido ainda antes da entrada da grande área.

A um minuto do final, o árbitro voltou a decidir de forma polémica, quando um defesa ganês tentou jogar a bola baixando a cabeça abaixo da cintura, dentro da sua grande área, disputando a bola com Rambé, que se preparava para rematar, tendo o juiz assinalado jogo perigoso e livre contra Cabo Verde.

Com cinco minutos após os 90 regulamentares, Heldon quase empatou, na marcação de um livre frontal, mas o guardião ganês voltou a corresponder com nova defesa.

Nos derradeiros segundos, e com o guarda-redes cabo-verdiano Vózinha no papel de avançado, Mubarak fez o segundo golo da partida e pôs fim à primeira participação de Cabo Verde na principal competição africana de selecções. 

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