Daniel Sampaio, vice-presidente da mesa da assembleia geral (AG) do Sporting, garante que este órgão irá acatar a decisão dos tribunais em relação à providência cautelar interposta pelo clube, por considerar ilegal a reunião magna para destituir Godinho Lopes.

“Respeitaremos, como é óbvio, todas as decisões dos tribunais, mas com uma certeza: os sócios do Sporting saberão distinguir sempre quem os respeitou e os quis ouvir em liberdade. Distinguindo-os de todos os outros que os silenciaram com recurso ao tribunal", referiu o dirigente "leonino", nesta quinta-feira, durante uma conferência de imprensa, em Alvalade.

Daniel Sampaio adiantou que sabe apenas da providência cautelar pelas notícias que têm sido publicadas, recusando-se por isso a tecer grandes comentários sobre o seu eventual conteúdo.

Confirmou, no entanto, ter recebido uma carta do conselho directivo, assinada pelo seu presidente, com a data de quarta-feira. Na missiva, Godinho Lopes qualifica como "actos totalmente ilegais e abusivos" a convocatória e subsequente realização da AG .

O vice-presidente da mesa da AG, que preside o órgão em substituição de Eduardo Barroso, aproveitou ainda para fazer uma declaração pessoal em relação aos últimos acontecimentos. "Neste processo nada de pessoal ambiciono. Não comprei claques, não fiz nenhum 'golpe de Estado' institucional e não tenho nenhuma ambição no Sporting", referiu.

Por outro lado, mostrou-se "muito determinado" em contribuir para a resolução dos problemas do clube, mas respeitando os estatutos: "Numa associação desportiva da importância do Sporting, a palavra dos sócios terá sempre de ser ouvida. Tudo fiz e farei para que assim seja. O Sporting merece todos os nossos esforços para repor a verdade. Com respeito pelo pluralismo de opiniões, mas com a certeza de quem verdadeiramente deve decidir são os sócios que elegeram todos os actuais órgãos sociais. "