Amigos ou rivais? Steve Jobs guardou carta de Bill Gates junto à cama até à morte

Bill Gates, sobre Steve Jobs: "Não estávamos em guerra. Fizemos grandes produtos e a competição sempre foi algo positivo”.

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Entre os dois existia uma rivalidade saudável, afirma Gates Miro Kuzmanovic/Reuters

Bill Gates escreveu uma carta a Steve Jobs durante a fase terminal do fundador da Apple, que morreu a 5 de Outubro de 2011. Segundo a esposa de Jobs, a carta ficou perto dele até ao fim. Em declarações ao jornal inglês "The Telegraph", Bill Gates não poupou elogios a Steve Jobs e admitiu ter-lhe escrito uma carta em que sublinhou que Jobs “devia sentir-se óptimo pelo que fez e pela empresa que construiu”.

Num tom mais pessoal, falou-lhe ainda dos filhos do antigo CEO da Apple, que teve a oportunidade de conhecer. A rivalidade entre os dois bilionários sempre foi conhecida.

Na própria biografia de Steve Jobs, escrita por Walter Isaacson, Jobs acusa Gates de “falta de imaginação” e de “descaradamente arrancar as ideias dos outros”. Aproximadamente um ano após o lançamento da obra – e da morte de Jobs - Gates declara em entrevista ao "Telegraph" que a atmosfera se alterou entre os dois depois de Gates deixar a Microsoft para iniciar a Bill and Melinda Foundation, uma fundação criada pelo casal Gates e que apoia programas de saúde em todo o mundo, com especial atenção nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento.

Bill e Steve passaram mais tempo juntos e, alguns meses antes da morte de Jobs, Gates fez-lhe uma longa visita onde, segundo o criador da Microsoft, passaram “horas a relembrar e a falar do futuro”. Amigos ou rivais?

Segundo Bill Gates, era uma rivalidade saudável. A carta, como último gesto, não foi, de acordo com Gates, uma forma de conciliação ou um pedido de desculpas, dado que “não havia pazes para fazer. Não estávamos em guerra. Fizemos grandes produtos e a competição sempre foi algo positivo”, afirmou. 

Gates diz ainda ter recebido um telefonema de Laurence, esposa de Jobs, após a sua morte, dizendo que a biografia de Jobs “não representa o mútuo respeito que ambos (Gates e Jobs) tinham um pelo outro”.

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