UGT e patrões pedem intervenção de Cavaco para tentar salvar acordo de concertação

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O líder da UGT garante que não vai rasgar o acordo de concertação social Joana Freitas

A UGT e as confederações patronais vão pedir uma audiência conjunta ao Presidente da República. João Proença, líder da central, diz que para já não vai denunciar o acordo.

O secretário-geral da UGT, João Proença, garantiu esta tarde que a central sindical não vai rasgar o acordo de concertação social assinado em Janeiro e que a estratégia passará por pedir a intervenção do Presidente da República.

No final de uma reunião dos corpos dirigentes da UGT, João Proença, anunciou que as confederações da Indústria, do Comércio, da Agricultura e do Turismo e a central vão pedir um encontro com Cavaco Silva, pedindo a sua intervenção junto do Governo para que os compromissos sejam respeitados.

Esta manhã, o futuro líder da central, Carlos Silva (que em Abril substituirá João Proença) defendeu a denúncia do acordo. Mas o actual líder recusou uma acção tão radical.

“Não ganhávamos nada em denunciar o acordo. Vamos junto dos restantes subscritores bater-nos pelo cumprimento dos compromissos assumidos”, frisou João Proença.

Já em relação a compromissos futuros, o secretariado nacional da UGT entendeu que não há condições para participar em qualquer acordo de concertação social em relação às medidas anunciadas pelo primeiro-ministro e pelo ministro das Finanças.

As novas medidas, nomeadamente o aumento de 11% para 18% das contribuições dos trabalhadores para a Segurança Social, merecem a oposição da UGT que não afasta a participação e a convocação de acções de protesto e greves.

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