Chip: Universidade de Aveiro integra vários tipos de comunicações sem fios

Será possível estarmos a ver um vídeo de alta definição em nossa casa, usando a rede wi-fi e, de seguida, sair de casa e continuar a ver o vídeo, sem interrupções

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Um dos objectivos é permitir uma redução de preço dos aparelhos

Um chip desenvolvido no Departamento de Electrónica, Telecomunicações e Informática da Universidade de Aveiro integra as funcionalidades de wi-fi, bluetooth e GSM (usado nas comunicações de voz e dados em telemóveis, por exemplo).

Ainda em fase de protótipo, vai ainda permitir a actualização de equipamentos, como os telemóveis, para novos tipos de comunicações sem fios, sem que seja necessário substituir o aparelho. 

Segundo explicou à Lusa Nelson Silva, que está a concluir o doutoramento naquela instituição, os actuais telemóveis ou possuem um chip para cada “standard”, ou um único chip, em que cada bloco faz o processamento pré-definido de fábrica.

“No que estamos a trabalhar é num chip altamente configurável. Se amanhã aparecerem novos padrões, este é muito flexível e pode-se adaptar a qualquer tipo de configuração.

Em termos de equipamento, temos a mesma estrutura e o mesmo chip, mas existirá uma configuração para incorporar as novas funcionalidades”. Segundo o investigador, as potencialidades do novo chip são vastas com o advento das comunicações de quarta e quinta gerações, que vão trazer maior integração de redes e maiores larguras de banda.

“Será possível estarmos a ver um vídeo de alta definição em nossa casa, usando a rede wi-fi e, de seguida, sair de casa e continuar a ver o vídeo, sem interrupções, porque automaticamente é feita a comutação para a rede com a melhor relação velocidade/preço”, descreveu. 

Outra das vantagens do projecto é serem necessários menos componentes de hardware, uma vez que tudo está centrado num chip, permitindo a redução do preço dos aparelhos. Um aspecto que está a ser trabalhado no protótipo de Aveiro é o da eficiência energética, dado que as velocidades de comunicação mais elevadas aumentam o consumo dos aparelhos.

“Ninguém quer um telemóvel que passado meia hora fique sem carga”, disse Nelson Silva, que quer também diminuir os consumos do uso da rede de banda larga sem fios.

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