Fernando Ulrich defende que TAP deve permanecer portuguesa

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Fernando Ulrich, presidente do BPI, lamenta que a Cimpor tenha deixado de ter uma base portuguesa Ricardo Brito/Arquivo

O presidente do BPI, Fernando Ulrich, defendeu nesta segunda-feira que “ter uma companhia aérea que ostente a bandeira portuguesa é um valor acrescentado”, depois de lamentar que a Cimpor tenha deixado de ser controlada a partir de Portugal.

Ulrich, que falava na apresentação de um programa de promoção de eficiência energética da EDP, apelou a que “não deixem que aconteça à EDP o mesmo que aconteceu à Cimpor” e acrescentou que “preferia que a Cimpor tivesse podido seguir o mesmo caminho” da eléctrica portuguesa.

O presidente do BPI ressalvou que o grupo Camargo Corrêa é um grupo “forte e de grandes negócios em mercados lusófonos”, mas “quis fazer votos para que a EDP continue a ser de base portuguesa e comandada a partir de Lisboa”, disse mais tarde aos jornalistas.

Questionado também sobre a TAP, Ulrich indicou que ter uma companhia de bandeira portuguesa é importante “para um país com esta ambição de estratégia na economia global e com quatro ou cinco milhões de portugueses espalhados por esse mundo fora”.

O banqueiro disse ainda que o mesmo se aplica ao sistema aeroportuário gerido pela ANA - Aeroportos de Portugal.

As duas empresas estão neste momento em processo de privatização, prevendo-se que a venda de capital da TAP se conclua primeiro.

”Sinais positivos”

No discurso que fez durante a cerimónia, Fernando Ulrich defendeu que “a economia já começa a mostrar alguns sinais positivos”, reflectindo-se isso na dívida pública. “Verifica-se já uma descida com bastante significado em todos os prazos”, sublinhou.

O presidente do BPI sublinhou também que desde o final do ano passado, quando a EDP recorreu ao mercado no âmbito de uma emissão obrigacionista, já houve cinco operações deste tipo.

No final desta semana, quando se concluir a colocação da Brisa, “já terão sido captados no mercado português mais de 1100 milhões de euros para as empresas”, afirmou.

Notícia actualizada às 13h15

Acrescentaram-se declarações sobre a situação da economia portuguesa

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