Bancos portugueses prepararam-se para saída da Grécia do euro

Foto
A CGD não quis falar sobre um eventual plano para a saída da Grécia do euro Foto: Filipe Arruda (arquivo)

Os bancos portugueses já têm planos para enfrentar uma possível saída da Grécia da zona euro, cenário em que deverão enfrentar uma fuga de depósitos. Uma das hipóteses é a aplicação do controlo de movimentos de capitais.

Responsáveis de vários bancos nacionais falaram genericamente sobre os planos de contingência para crises ao Diário Económico desta quinta-feira, que avança com a notícia de que os bancos nacionais já se prepararam para uma eventual saída do euro da Grécia, que tem eleições legislativas marcadas para o próximo domingo.

Os maiores riscos para os bancos portugueses decorrentes de uma saída da Grécia do euro são a fuga de depósitos, de acordo com especialistas ouvidos por aquele jornal.

Fonte do BCP, que tem um banco na Grécia, disse que o banco tem vindo a resolver contingências que têm surgido desde o início da crise e que o processo “está em evolução e ajustamento constantes”.

O Santander Totta adiantou que “a salvaguarda dos depositantes será sempre tida em consideração” e o BES confirmou também a existência de um plano para fazer face a uma eventual saída da Grécia do euro. A CGD e o BPI não quiseram comentar o assunto.

Segundo um relatório publicado na quarta-feira pela agência de notação de risco Fitch, os bancos de Chipre, Irlanda e Portugal serão os mais afectados por uma eventual saída da Grécia da zona euro.

O professor de economia grego Yiannis Veroufakis diz, numa entrevista ao Económico, que se o plano europeu para a Grécia não for modificado, o país acabará por sair do euro e o controlo de capitais será “replicado no resto da periferia”.

Sugerir correcção
Comentar