City ganha o derby de Manchester e relança a luta pelo título inglês

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O momento em que Kompany marca o golo Foto: Reuters

Há três semanas o Manchester United tinha oito pontos de vantagem e poucos colocariam em causa que a equipa treinada por Alex Ferguson ia conquistar o campeonato inglês pela segunda época consecutiva. Quatro jornadas depois, a vantagem dos “red devils” esfumou-se e é o rival City que está na frente. Nesta segunda-feira, no derby de Manchester, um golo do defesa central belga Kompany, no período de descontos da primeira parte, garantiu os três pontos que colocam a equipa de Roberto Mancini na liderança da Premier League.

A expectativa era muita para o 162.º derby de Manchester, mas o “jogo do título” em Inglaterra foi muito pouco “british”: estratégia a mais, futebol a menos. Com três pontos de vantagem antes do início da partida no Etihad Stadium, casa do City, Alex Ferguson mostrou a sua tradicional veia conservadora e colocou de início uma equipa com experiência q.b., mas pouco ambiciosa. Com Wayne Rooney entregue à sua sorte no ataque, o treinador escocês reforçou o meio-campo com Carrick, Scholes, Giggs e Park, ficando Nani com a responsabilidade de apoiar, sempre que possível, Rooney.

Do outro lado a partida era uma final para Mancini. A única prova em que o City ainda pode ganhar um título esta época é o campeonato, mas para isso era obrigatório derrotar o United. Para o conseguir, o treinador italiano colocou em campo uma frente de ataque repleta de artistas: David Silva, Nasri, Tévez e Aguero.

O carácter decisivo da partida assustou as duas equipas e, nos primeiros 45 minutos, o jogo disputou-se sempre longe das duas balizas. O United começou melhor, com mais posse de bola, mas nunca criou perigo. O City assumiu o controlo a partir dos 20 minutos e, na primeira grande oportunidade, no período de descontos da primeira parte, marcou: canto cobrado por David Silva, Smalling falha a marcação a Kompany e o defesa belga, de cabeça, fez o único golo do jogo.

Com a vantagem no marcador, o City de Mancini fez na segunda parte o que mais gosta: deu a iniciativa ao adversário e apostou nos contra-ataques. Aos 58’, Ferguson ainda arriscou um pouco (trocou Park por Wellbeck), mas, apesar de o United ter mais posse de bola, nunca conseguiu criar perigo para a baliza de Joe Hart e seria o City, nos últimos minutos, a desperdiçar as melhores oportunidades.

Com esta vitória, os “citizens” assumem a liderança a duas jornadas do fim, em igualdade pontual com o United, mas o City leva vantagem no primeiro critério de desempate: a diferença entre golos marcados e sofridos – a equipa de Mancini tem oito golos de vantagem.

Notícia actualizada às 22h54
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